8 curiosidades sobre o Exército Vermelho que você com certeza desconhece

O Exército Vermelho. Montagem.

O Exército Vermelho. Montagem.

Boris Ignatovich, Varvara Stepanova / MAMM / MDF / russiainphoto.ru
O Exército Vermelho dos Operários e dos Camponeses foi criado pelos bolcheviques em 1918 durante a Guerra Civil Russa e existiu sob esse nome até 1946, quando transformou-se no Exército Soviético. O Russia Beyond compilou 10 fatos pouco conhecidos sobre essas forças, cujo nome faz referência à cor-símbolo do socialismo.

1. O feriado profissional do Exército Vermelho era em 23 de fevereiro. Neste dia, em 1918, o Exército Vermelho derrotou as tropas do Kaiser perto das cidades de Narva e Pskov.

Destacamento de guardas russos de Pskov, 1918

Mas o decreto sobre a criação do Exército Vermelho dos Operários e Camponeses foi aprovado antes disso, em 28 de janeiro de 1918. Era esta data, inicialmente, que devia ser feriado, mas, no ano seguinte, devido a procedimentos burocráticos, as autoridades perderam o primeiro aniversário e decidiram adiar a celebração para fevereiro.

2. O adereço de cabeça de lã conhecido como budiônovka (cujo nome homenageia o comandante Semiôn Budiônni) tornou-se um dos principais símbolos do Exército Vermelho.

Cavalaria do Exército Vermelho

Segundo alguns historiadores, a budiônovka foi desenhada em 1915, durante a Primeira Guerra Mundial. Os soldados russos deviam usá-la enquanto marchavam pelas ruas de Berlim e Istambul - algo que nunca ocorreu.

A budiônovka foi substituída em 1940, após a guerra entre a União Soviética e a Finlândia, porque não era adequada para ações militares durante o inverno na fronteira do norte.

3. A suástica era um dos distintivos do Exército Vermelho. O antigo símbolo místico fazia parte da insígnia nas mangas das unidades formadas pela etnia budista da Calmúquia que lutavam na Frente Sudeste contra as tropas do Exército Branco. A suástica foi usada no Exército Vermelho até 1920.

4. No início da Guerra Civil, o Exército Vermelho sofria com a falta de armamentos, uniformes e até medalhas. Soldados e comandantes que se distinguiam eram premiados com relógios, botas e camisas. Um militar chegou até mesmo a receber uma caixa de rapé banhada a ouro que pertenceu à Imperatriz Catarina 2° no lugar de uma medalha.

5. Até 1943, o Exército Vermelho não tinha oficiais. Esse termo era associado com o Exército Branco, com o qual os bolcheviques lutarvam furiosamente durante a Guerra Civil. Em vez de oficiais, havia "comandantes" que usavam laços nos colarinhos e insígnias do tipo chevróns em vez de dragonas, que também eram proibidas.

Comandantes do Exército Vermelho August Kork, Ian Gamarnik, Kliment Vorochilov, Semion Budiónni ao lado do Mausoléu de Lênin.

6. O Exército Vermelho contou com ajuda não apenas de cavalos, mas também de camelos, que surgiram pela primeira vez no 28º exército de reserva perto da cidade de Ástrakhan em meados de 1942.

Mais de 300 camelos ajudaram a transportar mercadorias e percorreram um longo caminho desde a costa do rio Volga na Rússia até a capital da Alemanha.

7. O Exército Vermelho contou com o maior número de soldados no início de 1945, quando mais de 11 milhões de pessoas serviram nas tropas. A economia soviética, porém, não podia manter esse enorme número de soldados, e, três anos após a vitória na Segunda Guerra Mundial, começou uma ativa desmobilização.  Em 1948, o número dos militares foi reduzido para 2.874.000 pessoas. Durante esses anos, não houve recrutamento, e os esforços da juventude foram empregados para reconstruir a economia devastada.

8. Em 1946, o Exército Vermelho mudou seu nome oficial para Exército Soviético. Na opinião de Stálin, a palavra "soviético" deveria refletir o caminho do socialismo escolhido pelo povo.

Desfile militar na Praça Vermelha.

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