Os interiores cósmicos (e secretos) da arquiteta soviética Galina Balachova

História
KSSÉNIA ISSÁEVA, ALEKSÊI MOSKO
A busca por harmonia e beleza no design espacial.

Em junho de 2015, o Museu Alemão de Arquitetura (Deutsches Architekturmuseum), em Frankfurt, apresentou uma exposição dedicada a uma arquiteta russa. Suas obras, porém, não podem ser encontradas pelas ruas de quaisquer cidades.

Aos 88 anos, na atualidade, Galina Balachova mora na Rússia. Mas, nos últimos anos, suas principais exposições foram organizadas na Alemanha, e pouquíssimas se realizaram em sua terra natal, a Rússia, onde seu trabalho ainda é pouco conhecido.

Galina era uma arquiteta soviética secreta, e foi uma das primeiras no mundo a projetar interiores de espaçonaves. / Galina Balachova em um modelo de nave espacial.

Na exposição “Design para o programa espacial soviético”, no Museu Alemão de Arquitetura, por exemplo, o foco foram as obras de Galina. Foram expostos modelos de naves espaciais, fotos, esboços, rascunhos e desenhos em aquarela.

Galina trabalhou na concepção de interiores de naves soviéticas fazendo todos os cálculos técnicos sem se basear nas obras de seus predecessores. / Projeto da estação espacial Mir.

As obras de Galina foram impressas em uma monografia intitulada “Galina Balachova: Arquiteta do Programa Espacial Soviético”. Entre elas, há planos e desenhos de engenharia para as cápsulas Soiuz e as estações espaciais Saliut e Mir. / Esboço de um módulo habitável para a nave Soiuz-M.

Projeto da espaçonave Soiuz. Os esboços de Balachova eram frequentemente assinados, apesar de serem secretos.

Um esboço do interior da estação espacial Mir. As diferentes zonas coloridas permitem aos cosmonautas determinar facilmente onde estão o teto e o chão na ausência de peso.

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