Transporte de madeira na rua Górki (atual Tverskaya), 1941
Sergei Strunnikov/MMAM, Antov Usanov/Mosgortur
Logo depois do primeiro ataque das forças nazistas, a maioria dos ônibus e caminhões de Moscou foi utilizada para as necessidades do Exército Vermelho, assim como combustível e gás. Com isso, o trólebus se tornou o principal meio de transporte público. A cidade precisava de carvão e madeira para aquecimento, e alguns trólebus (como o da foto) acabaram sendo transformados em veículos de carga. Até hoje, Moscou possui uma das maiores redes de trólebus do mundo.
Camuflagem do Teatro Bolshoi, outono de 1941
Sergei Strunnikov/MMAM, Antov Usanov/Mosgortur
No verão de 1941, o centro de Moscou estava completamente camuflado: todas as fábricas, pontes, estações telegráficas, o Kremlin e o Teatro Bolshoi estavam escondidos de possíveis ataques aéreos. Para isso, foram usados vários métodos, desde cores contrastes nas superfícies até a instalação de construções arquitetônicas falsas. Ainda assim, o Bolshoi foi severamente danificado em 28 de outubro de 1941, quando uma bomba aérea de 500 kg atingiu sua fachada e explodiu o salão. A reconstrução do teatro favorito do país levou dois anos e, apenas em 1943, reabriu a nova temporada de ópera com Ivan Susanin.
Tropas antiaéreas no aterro Bersenevskaya, outono de 1941
Mikhail Grachev/MMAM, Antov Usanov/Mosgortur
O complexo residencial na margem Bersenevskaya foi construída entre 1927 e 1931 para a elite soviética, razão pela qual foi apelidado de “Casa do Governo” e, mais tarde, “Casa no Aterro”. Ali moravam 200 ministros soviéticos e seus vices, 15 marechais e cinco almirantes. No outono de 1941, o edifício estava desabitado, e as tropas antiaéreas, estacionadas em seu telhado. Quase todos os moradores desse complexo entraram no campo de batalha, e um terço deles jamais retornou.
Balão na margem Frunzenskaya, 1941 e 1942
Sergei Vasin/MMAM, Antov Usanov/Mosgortur
As primeiras “barricadas” de balões em Moscou foram instaladas em três locais: no Jardim de Alexandre, bem ao lado das muralhas do Kremlin; no território onde hoje fica a moderna Catedral de Cristo Salvador; e no atual parque Zariadie. No total, foram empregados mais de 300 balões militares na capital para proteger o Kremlin de ataques aéreos. Os balões foram içados um por um a 4 km de altura, e os aviões da Luftwaffe colidiam com as cordas de metal esticadas entre um e outro.
Barricadas no Posto Avançado de Dorogomilovskaya, 1941
Mikhail Grachev/MMAM, Antov Usanov/Mosgortur
No início do século 19, esse bairro era considerado distante do centro da cidade; agora, faz parte dele. No entanto, pouco antes da guerra, novos complexos residenciais foram construídos nessa área, e havia planos de cavar um novo canal de água – o que, no fim das contas, nunca aconteceu.
Rodovia Mozhaiskoye, outubro a dezembro de 1941
Mikhail Grachev/MMAM, Antov Usanov/Mosgortur
Esta estrada estratégica ligava Moscou à linha de defesa Mojaisk, um dos quatro distritos fortificados da cidade. Na foto, os veículos militares passam pelo local onde hoje está localizado o moderno museu da Batalha de Borodinó.
Barricadas na rua Bolshaya Kaluzhskaya (atual Leninsky Prospekt), 1941
Mikhail Grachev/MMAM, Antov Usanov/Mosgortur
Depois dos rompimento da linha de defesa Mojaisk, Moscou estava oficialmente sitiada. Dez quilômetros de barricadas, 24.000 obstáculos antitanque e 46 quilômetros de cerca foram instalados por toda a cidade. As janelas foram protegidas para evitar que o vidro se espatifasse durante os bombardeios. No total, Moscou foi atingida 72 vezes por ataques aéreos durante a guerra, principalmente no outono de 1941.
Prisioneiros de guerra alemães na estação de trem Belorussky, verão de 1944
Nikolai Petrov/MMAM, Antov Usanov/Mosgortur
Em 17 de julho de 1944, 57.600 soldados e oficiais da Wehrmacht marcharam pelas ruas de Moscou. Esta “marcha dos vencidos” durou horas e foi seguida por caminhões-pipa que simbolicamente “lavaram” a memória dos invasores fracassados.
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