“Não bata com a língua nos dentes!”: 10 cartazes soviéticos para ficar sempre alerta

História
BORIS EGOROV
A URSS dava muita atenção à vigilância de seus cidadãos. Por décadas, eles foram constantemente advertidos de que não deveriam se sentir excessivamente seguros.

A ênfase na vigilância marcou a existência da sociedade soviética e fica evidente nos cartazes a seguir – até certo ponto, compreensível em meio à situação de guerra contra a Alemanha de Hitler.

No entanto, tanto antes como depois da Segunda Guerra Mundial, havia recomendações para estar sempre de guarda. Em um dos principais jornais soviéticos, um artigo com título revelador foi publicado em 1953: “Estar alerta é uma qualidade inerente ao povo soviético”.

Em primeiro lugar, o texto fazia referência ao desfavorável contexto geopolítico.

“Ao longo da história do Estado soviético, os governantes dos países capitalistas fizeram todo o possível para sabotar o trabalho construtivo de nosso povo. Os imperialistas norte-americanos, que desempenham o papel de polícia mundial, recorrem aos meios mais desesperados para impedir o desenvolvimento do progresso. Destinam enormes quantias de dinheiro para missões de espionagem e sabotagem nos países que seguem uma estrada livre em seu desenvolvimento”, lia-se no artigo.

Em segundo lugar, citava a luta de classes dentro da URSS também durante a construção do socialismo: “Ainda temos resquícios da ideologia e da moral burguesas, relíquias da psicologia e a moral da propriedade privada. Ainda temos entre nós portadores da visão e da moral burguesas, pessoas que são inimigas ocultas de nossa nação”.

Embora, após a morte de Stálin em 1953, o sistema soviético tenha sofrido um processo de liberalização, a ênfase na vigilância, embora enfraquecida, permanecia viva, especialmente justificada pela persistência da Guerra Fria.

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