Os protagonistas desta história não têm nada a invejar os escritores clássicos russos em termos de imaginação, porém, desta vez, não se trata de dilemas existenciais, mas de um negócio ilegal envolvendo um país caribenho totalmente fictício.
Ao longo de três anos, o autoproclamado cônsul-geral do Reino ASPI, Valéri Sukhánov, que vive em São Petersburgo, começou a vender passaportes e carteiras de motorista para os chamados ‘trabalhadores migrantes’ – estrangeiros que chegam à Rússia para fazer dinheiro a custo de muito trabalho. Na maioria das vezes, pessoas das ex-repúblicas soviéticas, com pouca ou nenhuma instrução e sem recursos.
Pagando entre 15 mil e 100 mil rublos (R$ 865 e R$ 5785, respectivamente), as vítimas da fraude tentavam melhorar sua situação legal na Rússia, onde não é fácil obter uma autorização de trabalho.
Valéri Sukhánov, de 44 anos, atuava junto com outros dois sócios no negócio. Quando questionado pelo canal de TV Rossía, quantos passaportes tinha vendido, o falso cônsul-geral respondeu que “recebeu uma cota de 250 passaportes”. Mas de quem? “Do rei”, acrescentou Sukhánov, sem titubear.
O número de vítimas da fraude é, por enquanto, desconhecido.
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