“Avalanche de frio” – é assim que os meteorologistas estão chamando a onda de frio intenso que atingiu muitas regiões russas nos últimos dias.
Para se ter uma ideia: dos 5°C que faziam em Moscou na véspera de Ano Novo (a temperatura média de janeiro na capital russa em janeiro costuma ser de cerca de -10°C), a temperatura caiu para quase zero e, em 6 de janeiro, despencou de vez para -22°C.
Segundo especialistas em questões climáticas, as geadas recentes se devem ao ar superfrio vindo dos mares do Ártico. Ainda assim, está longe de ser considerado um inverno rigoroso: o janeiro mais frio registrado em Moscou foi em 1940, quando a temperatura caiu para -42°C.
Devido ao resfriamento acentuado, os moradores locais observaram fenômenos naturais únicos em Moscou: um halo solar e pilares de luz. (leia mais sobre esses fenômenos aqui)
Na cidade siberiana de Krasnoyarsk, está relativamente “quente” hoje – apenas -20°C.
Faz muito mais frio na Rússia central: nas regiões de Ivanovo, Vladímir e Tver, a temperatura caiu para -28°C, enquanto na região de Kostroma, permanece abaixo de -30°C.
De acordo com os meteorologistas, a temperatura deverá voltar ao normal na maioria das regiões até o final de semana.
Quanto mais a leste, mais frio fica.
Níjni Novgorod e Kirov enfrentam agora geadas de -36°C, e a previsão é de que sejam duradouras.
Nos Urais, está ligeiramente mais quente, com termômetros marcando -34°C.
A Iakútia confirma, mais uma vez, o título de região mais fria da Rússia. Iakutsk, a capital da república, vem sendo saudada com geadas de 50 graus negativos. Em Oimiakon, cidade que ficou conhecida como o “polo do frio”, os termômetros registram agora -52°C.
Essas geadas, embora extremas, não são novidade em muitas regiões da Rússia, portanto, não há complicações adicionais em termos de serviços ou tráfego.
Fato engraçado:
No sul da Rússia, o inverno é uma estação completamente diferente. Em Sochi e Anapa, a temperatura gira em torno de 10-15°C – mesmo assim, os locais não veem a hora de chegar a primavera.
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