Kamila Valieva
São Petersburgo. Campeonato Russo de Patinação Artística 2022. Complexo esportivo Jubileu. Kamila Valieva durante as apresentações
Aleksandr Demiantchuk/TASSNatural de Kazan, a jovem Kamila Valieva, de 15 anos, começou a praticar patinação artística quando ainda tinha três anos e meio. No entanto, esse não era seu único hobby – ela também fazia balé e ginástica. Aos cinco anos, sua mãe pediu que ela escolhesse um dos esportes, e Kamila decidiu focar na patinação sem jamais olhar para trás.
Aos 12 anos, seus pais a levaram para a escola de esportes Sambo-70, em Moscou, onde a garota foi notada por Eteri Tutberidze (treinadora da campeã olímpica de 2018 Alina Zaguitova e da campeã mundial Evguênia Medvedeva), que acabou levando-a para seu time.
Kamila Valieva realiza programa curto de patinação artística feminina na final da Copa Russa de Patinação Artística em Moscou
Vladímir Song/SputnikUm ano depois, na temporada 2019/20, Kamila venceu as finais do Grand Prix Júnior de Patinação Artística no Gelo e do Campeonato Mundial Júnior, tornando-se a segunda patinadora da história a realizar um salto quádruplo em competições sob os auspícios da União Internacional de Patinação (ISU) e registrar um recorde mundial por pontos entre os membros da união.
No domingo passado (26), Kamila ganhou o título de campeã russa de patinação artística entre adultos e se tornou a primeira participante a garantir uma vaga nos Jogos Olímpicos de Inverno 2022 em Pequim.
Nas horas vagas, ela adora desenhar e cuidar de sua cachorra Leva.
Aleksandra Trusova
Aleksandra Trusova na prova de patinação livre feminina durante o Grande Prêmio de Patinação Artística da ISU - Skate America na Orleans Arena em 24 de outubro de 2021, em Las Vegas, Nevada
Getty ImagesAleksandra tem apenas 17 anos, mas já foi apelidada pela mídia de “fada dos saltos”. E por um bom motivo – Trusova é a primeira mulher na história a executar um Lutz quádruplo (GP Júnior ISU 2018) e um flip quádruplo (final do GP ISU 2019) em competições. Ela também é a primeira mulher a executar um toe loop quádruplo, bem como dois saltos quádruplos (toe loop e Salchow) em um programa em competição, no Campeonato Mundial Júnior ISU 2018. Realizou ainda três saltos quádruplos (Lutz, toe, toe-triple toe) nos Russian Skate Tests em setembro de 2019 e quatro saltos quádruplos (Lutz, Salchow, dois toe loops) no Aberto do Japão em outubro de 2019. Em 2018 e 2019, Aleksandra se tornou bicampeã mundial júnior pela primeira vez.
Nascida em Riazan, a jovem patinadora tem dois irmãos mais novos e seu pai é mestre em artes marciais. Desde os quatro anos, Sasha (apelido para Aleksandra) já demonstrava interesse pela patinação – primeiro seus pais lhe deram patins, mas, ao perceberem que a filha quase patinava no teto, decidiram colocá-la na patinação artística. Por cinco anos, seguiu em Riazan e depois se mudou para Moscou para treinar com Tutberidze.
Desde então, Trusova foi incluída no livro dos recordes “Guinness” três vezes por seu salto quádruplo e um lutz.
Aleksandra Trusova durante apresentações de demonstração no Campeonato Russo de Patinação Artística em São Petersburgo
Aleksandr Wilf/SputnikEm outubro de 2021, Sasha machucou a perna, mas ainda assim conseguiu vencer o Grand Prix na categoria para adultos, Skate America 2021.
Em seu tempo livre, a jovem estuda inglês e cuida de sua chihuahua, Tina. Ela passa o resto das horas treinando e planejando vencer as Olimpíadas.
“Sempre quis, desde menina, fazer algo que ninguém mais fez. (...) O risco é meu (...) Se todos depois de mim aprenderem a fazer quádruplos, então farei quíntuplos”, disse Trusova.
Anna Scherbakova
Estocolmo. Anna Scherbakova durante apresentação no programa de patinação livre individual feminina no Campeonato Mundial de Patinação Artística
Natália Fedossenko/TASSOs pais de Scherbakova, de 17 anos, não têm nada a ver com o universo dos esportes. Seu avô é professor de física, e sua mãe e seu pai são formados pela Universidade de Moscou. Sua irmã mais velha, Inna, começou a treinar patinação artística e, na mesma época, os pais decidiram enviar Anna também para experimentar o esporte.
“Eu gostava muito e acho que até os sete anos eu patinava apenas para me divertir, sem pensar em nada”, contou Scherbakova.
Na primeira competição, em 2012, no Campeonato Aberto do Presidente da Federação de Patinação Artística em Moscou, Anna conquistou o 22º lugar entre 29 participantes; um ano depois, ela ficou em segundo lugar. Em seguida, começou a treinar com Eteri Tutberidze e logo passou a ganhar suas primeiras medalhas em competições e campeonatos municipais.
Anna Scherbakova competindo no programa curto de patinação individual feminina na 5ª etapa da Copa do Mundo de Patinação Artística em Grenoble
Olga Benar/SputnikEm 2017, Anna quebrou a perna durante o treino; a recuperação demorou seis meses, mas já em 2018 ela conquistou o ouro na Final da Copa da Rússia 2018 entre os juniores.
Um ano depois, Scherbakova passou para a categoria adulta, na qual também ganhou o ouro no Campeonato Mundial de Patinação Artística 2021 em Estocolmo.
Em seu tempo livre, Scherbakova faz brinquedos de elástico, algo que aprendeu enquanto se recuperava da perna quebrada. Ela gosta de ler livros de escritores de ficção científica soviéticos, os irmãos Strugatsky, e há pouco decidiu dar seu primeiro salto de paraquedas.
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