Kremlin descarta impor penalidades para quem não se vacinar na Rússia

Reuters
Medidas “contradizem a natureza social” do Estado russo, segundo porta-voz. No entanto, oficial enfatizou a importância de esclarecer a população de que “não há outro método para proteger vidas além da vacinação”.

O Kremlin não avalia a possibilidade de impor penalidades na Rússia aos cidadãos que recusarem se vacinar contra o coronavírus porque esta medida contradiz a natureza social do Estado russo, declarou o porta-voz do Kremlin, Dmítri Peskov, nesta segunda-feira (11).

O comentário foi feito em resposta a uma proposta do virologista e membro correspondente da Academia Russa de Ciências Aleksandr Lukachev.

Em entrevista à estação de rádio Govorit Moskva, Lukachev sugeriu introduzir multas de 5.000 rublos (US$ 70) para quem se recusar a se vacinar, “pelo menos para grupos de alto risco da população”.

“Não, me parece que tais medidas não são realistas em nosso país”, rebateu o porta-voz do Kremlin. Segundo Peskov, tais medidas "contradizem a natureza social” do Estado russo.

“A natureza social de nosso Estado está consagrada em nossa Constituição e o presidente [Vladimir] Putin é a pessoa que está mais comprometida com a natureza social de nosso Estado”, continuou.

O porta-voz defendeu, porém, que seja dada ênfase à consciência dos cidadãos e à necessidade de eles compreenderem que “não há outro método para proteger suas vidas, exceto por meio da vacinação”.

“É preciso combater a pandemia do coronavírus com todos os métodos disponíveis, principalmente, explicando que não há alternativa à vacinação”, enfatizou Peskov.

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