Rússia registra recorde de casos diários de covid-19 desde início da pandemia

Reuters
Nas últimas 24 horas, foram identificadas 12.126 novas infecções. Recorde anterior, de 11.656, havia sido registrado em 11 de maio.

O número de infecções pelo novo coronavírus na Rússia chegou a 12.126 nas últimas 24 horas, o maior desde o início da pandemia. A informação foi divulgada pelo centro de crise anticoronavírus a repórteres nesta sexta (9).

O maior índice registrado anteriormente havia sido de 11.656 casos, em 11 de maio.

O crescimento relativo nas infecções aumentou para 1% pela primeira vez desde o início de julho. Ao todo, 1.272.238 pessoas já foram infectadas na Rússia.

Em Moscou, foram detectados 3.701 novos casos (em comparação com 3.323 no dia anterior); 469, em São Petersburgo; 411 casos, na região de Moscou; 265 casos confirmados na região de Rostov, o maior número desde 23 de maio; e 247 casos na região de Níjni Novgorod, o maior índice desde 11 de junho.

As taxas de crescimento diário mais baixas foram registradas nas repúblicas da Tchetchênia (0,2%), Tuva, Tchuváchia e Tatarstão (0,4% cada), assim como na Bachkíria, e nas regiões de Moscou e Tula (0,5%).

O número dos chamados casos ativos, ou seja, pacientes que estão em tratamento atualmente na Rússia, subiu para 240.560, o maior número desde 17 de junho.

Também foi registrada a morte de 201 pessoas em um único dia por complicações da covid-19. É a quinta vez que o índice é superior a 200 desde o início da pandemia.

Rússia “mais preparada”

Recentemente, o ministro da Saúde russo, Mikhaíl Murachko, avaliou a disseminação do coronavírus na Rússia como “controlável”, devido a, entre outros fatores, novos fármacos para o tratamento dos pacientes de covid-19 que já demonstraram eficácia.

Apesar do avanço das infecções, o pneumologista-chefe do Ministério da Saúde da Rússia, Serguêi Avdeiev, garante que o país está “mais preparado” para enfrentar a pandemia, já que conta com especialistas treinados e leitos hospitalares suficientes.

“Preparamos, desde a primavera, uma base hospitalar com leitos, equipamentos e, o que é mais importante, pessoal. Portanto, esperemos que os recursos que temos hoje para o combate ao coronavírus sejam suficientes”, acrescentou.

Vacinas em teste

Nesta semana, o Centro Nacional de Pesquisas em Virologia e Biotecnologia Vektor patenteou a segunda vacina russa contra covid-19, segundo agência governamental russa Rospatent, que regula a propriedade intelectual. Esta é a segunda vacina contra a infecção por coronavírus patenteada na Rússia.

A primeira vacina russa, Sputnik V, está na terceira fase de testes. Além da Rússia, outros países estrangeiros, como Brasil e Venezuela, participarão dos ensaios.

Os testes, que já começaram em Moscou, ainda não têm previsão de início no Brasil. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), apesar das diversas reuniões, “nenhum documento da vacina se materializou” até o momento.

No total, cientistas russos já apresentaram mais de 300 pedidos para desenvolver vacinas e medicamentos contra a infecção pelo novo coronavírus.

LEIA TAMBÉM: O que sabemos sobre a vacina Sputnik V conforme publicado no “The Lancet”

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