Na última terça-feira (14), a Câmara Municipal de Sitka, no Alasca, aprovou uma resolução para transferir a estátua de Aleksandr (1747-1819) do Parque Central da cidade para um museu. Baránov foi governante dos assentamentos russos na América do Norte no final do século 18 e início do século 19.
O monumento está localizado no centro histórico de Sitka, que até 1867 era chamada Novo-Arkhanguelsk. A cidade foi fundada por Baranov em 1799 e mais tarde transformada em capital da América Russa. Também foi palco da cerimônia de transferência do Alasca para o governo dos Estados Unidos, em 1867.
A estátua, criada pela escultora Joan Bugby Jackson, foi dada de presente ao município de Sitka em 1989 por uma família local. Desde então, permanece instalada no parque em frente ao Harrigan Centennial Hall, de frente para o oceano.
De acordo com a resolução aprovada nesta semana, a estátua será transferida para o Museu Histórico no Harrigan Centennial Hall “o mais rápido possível”. A ideia é incorporá-la ao acervo e apresentar o monumento em um “contexto histórico”. A iniciativa foi apoiada por seis dos sete membros do Câmara Municipal.
O documento afirma que Sitka está situada em um território onde anteriormente havia assentamentos de povos indígenas tlingit. Segundo os autores da resolução, Baránov “supervisionou diretamente a submissão dos povos tlingit e aleútes”, o que “causa dor aos povos indígenas até os dias de hoje”.
Os proponentes alegam ainda que a presença da estátua de Baránov no centro da cidade “continua semeando discordâncias” entre a população local e o monumento “envia a mensagem errada aos moradores e visitantes de Sitka”.
Sitka também tem uma rua, uma escola e um bar com o nome de Baránov. Além disso, a própria cidade está localizada na ilha de Baránov – assim nomeada uma vez que o governante russo foi o primeiro a explorar a costa do golfo do Alasca.
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