Na última terça-feira (26), foi confirmado o primeiro caso de infeção de um gato doméstico por coronavírus na Rússia, segundo declarou à agência de notícias Tass o vice-diretor do Rosselkhoznadzor (Serviço Federal de Controle Veterinário e Fitossanitário da Rússia), Nikolai Vlássov.
"O resultado do exame e de análises adicionais mostram que o gato está infectado com coronavírus. O animal foi colocado em quarentena no local de residência do proprietário", disse Vlássov.
Segundo ele, em 18 de maio, o dono do gato dirigiu-se ao Centro Estatal de Qualidade e Normalização de Medicamentos para Animais, na capital russa, para fazer o teste de coronavírus no animal de estimação, que tem cinco anos de idade. Antes disso, o gato foi examinado por um veterinário em Moscou, que recomendou o dono a ir ao centro que realizou a análise.
Os veterinários realizaram o teste PCR, ou seja, a análise de uma amostra de secreções colhidas da mucosa do fundo do nariz e da garganta do animal, que confirmou a infecção por coronavírus.
Quarentena para animais?
Os especialistas do Rosselkhoznadzor não consideram necessário introduzir novas medidas restritivas em relação a animais devido à detecção de coronavírus em um gato. "Não vemos razões para tomar medidas em relação a animais domésticos ou selvagens. Essas medidas poderiam prejudicar seu bem-estar e saúde ou ter um impacto negativo sobre a biodiversidade", disse Vlássov.
"A posição oficial da Organização Mundial da Saúde e da Organização Mundial de Saúde Animal é de que não há provas atualmente da possibilidade de infecção humana por coronavírus proveniente de animais de estimação, como cachorros ou gatos. Além disso, não existem estudos científicos completos atestando se o vírus pode ser reservado em uma população de gatos ou se um gato infecionado é um beco sem saída epidemiológico para o vírus", declarou.
Anteriormente, o Rosselkhoznadzor já havia informado sobre o desenvolvimento de metodologias e testes a detecção de coronavírus em animais.
"De acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde Animal, não há necessidade atualmente de realizar testes em todos os animais de estimação", completou.
A organização considera necessário iniciar testes seletivos em animais apenas em países com o maior número de diagnosticados por coronavírus. Segundo Vlássov, é necessário, em primeiro lugar, testar os animais em contato direto com pessoas doentes e os que têm sintomas clínicos de covid-19.
A decisão de testar o animal é tomada pelos funcionários do Serviço Veterinário Federal da Rússia ou pelo proprietário do animal, após consulta ao veterinário, segundo o próprio vice-diretor do Serviço Veterinário Federal da Rússia.
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