Embora a Rússia tenha conseguido implementar com êxito a realização de atividades essenciais a longa distância – envio de documentos legais, exames escolares, preenchimento de inscrições –, o governo russo acredita que é hora de começar a voltar ao cenário pré-pandemia. Com isso, Putin pediu a Anna Popova, diretora da agência de vigilância sanitária, que traçasse planos para flexibilização da quarentena.
Popova delineou os três fases para o retorno gradual das atividades econômicas e públicas. No entanto, não mencionou prazos concretos. Cada região russa terá autonomia para decidir quando implementá-las, levando em consideração três fatores: taxas de infecção, número de vagas em hospitais e testes de covid-19.
Fase 1: Esportes e atividades externas relacionadas serão permitidos; lojas de pequeno porte poderão reabrir [mercados têm funcionado normalmente durante a quarentena].
Fase 2: Relaxamento oficial das regras para caminhadas (levando em consideração as normas existentes de distanciamento social); um número maior de empresas, incluindo lojas de grande porte, poderão reabrir com regime de horários especiais; será permitida a reabertura de instituições de ensino (escolas, faculdades etc).
Etapa 3: Parques, praças e outros espaços públicos serão oficialmente e reabertos poderão ser frequentados sem a necessidade de permissão especial para sair de casa – mas, novamente, considerando as medidas de distanciamento social já em vigor. Nesta fase, todas as demais lojas, hotéis e cafés também poderão reabrir.
Popova enfatizou, porém, que cada uma dessas fases poderá ser revertida ou aumentada, caso os russos não respeitem as limitações, o que poderia levar a outro aumento potencial nos casos – posição esta compartilhada por Putin e por todos os demais ministros participantes da reunião.
Com mais de 68 regiões russas atentas aos regulamentos para o uso de respiradores, Popova disse acreditar que o país está observando efeitos positivos diretos.
Também segundo o prefeito de Moscou, Serguêi Sobiânin, Moscou também começará, a partir de 12 de maio, a abrir canteiros de obras e fábricas, permitindo que cerca de 500 mil moscovitas retornem ao serviço. No entanto, o regime de autoisolamento permanecerá em vigor na capital.
Sobiânin ressaltou ainda que as crescentes taxas de infecção na cidade estão ligadas ao aumento dos testes, e não à disseminação da doença.
“A prática mostra que adotamos o curso de ação correto. Além disso, estamos vendo outros países seguindo nossos passos”, finalizou Putin, acrescentando que a economia continua sendo uma das principais considerações ao tomar tais decisões.
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