Apesar de proibição, Instagrammers continuam lotando lago siberiano tóxico

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NIKOLAI CHEVTCHENKO
Área foi interditada por usina hidrelétrica responsável. Mesmo assim, o número de fotos tiradas no lago artificial só cresce nas redes sociais.

Recentemente, o depósito de cinzas apelidado de “Maldivas da Sibéria” atraiu a atenção da imprensa internacional. Isso porque, embora o azul turquesa do lixão tóxico fosse resultado de reações químicas, os moradores da cidade vizinha de Novosibirsk estavam lotando o local para tirar selfies que pareciam “no exterior”.

Assim que o lago ganhou popularidades nas redes, a Companhia de Energia Siberiana, dona da formação hidrotécnica (uma espécie de lago artificial tóxico), explicou que a cor da água se deve à profundidade rasa – máximo de 1 e 2 metros – e a forte presença de sais, cálcio, bem como diversos tipos de metais oxidados.

A usina hidrelétrica também alertou as pessoas para os perigos de nadar na água, justificando que “qualquer contato com a pele pode resultar em uma forte reação alérgica devido ao conteúdo mineral”.

Mas quem se importa com saúde quando se pode tirar uma selfie incrível (ainda que meio clichê) com as “Maldivas da Sibéria” como pano de fundo, não é?

Depois que o lago tóxico apareceu na imprensa, mais pessoas foram visitá-lo para tirar fotos. A gerência da fábrica teve que colocar guardas 24 horas por dia, sete dias por semana, para impedir que as pessoas entrem na área.

Segundo relatos, mais de 200 pessoas já foram barradas ou expulsas. Algumas, porém, conseguem driblar a segurança só para garantir mais “likes” no Instagram.

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