10 fatos curiosos sobre as celebrações de Ano Novo no espaço; veja fotos

Véspera de Ano Novo é véspera de Ano Novo, e requer celebração mesmo que se esteja fora da Terra. No entanto, curtir a virada em uma estação orbital tem suas características peculiares. Para começar, é possível celebrar o Ano Novo 16 vezes...

Na virada para 2019, o cosmonauta russo Oleg Kononenko ficou sem presentes. A nave espacial que transportava tripulantes e carga, incluindo comida e presentes, caiu no caminho para a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). A tripulação escapou com sucesso, mas foi impossível entregar os presentes.

A notícia de que ficaria ficar tristes sem presente de Ano Novo causou tanto desagrado quanto o próprio acidente e foi extensamente veiculada na imprensa russa. No entanto, os astronautas têm pelo menos outras dez razões para ficar tristes, ou se alegrar.

Receba o Ano Novo nada menos que 16 vezes 

Mas ninguém faz isso. No decorrer de 24 horas, a ISS realiza 16 voltas ao redor da Terra, o que significa que os astronautas e cosmonautas podem celebrar a virada 16 vezes. Na realidade, porém, eles celebram a passagem de ano apenas no seu próprio fuso horário e também, por vezes, nos fusos horários de outros membros da tripulação (por exemplo, o Ano Novo canadense, americano ou japonês). Mas todo mundo vive mesmo no GMT.

É possível saborear um banquete no espaço

Comida espacial (e se nunca provou, sabemos do que estamos falando) tem uma semelhança muito vaga com o que chamamos de comida. Isso sem falar da comida “festiva”. Portanto, um kit alimentar composto por pêssegos, tangerinas, ketchup e mostarda, doces, nozes e bagas já pode ser considerada uma verdadeira festa. Normalmente, pacotes como esse são enviados para os astronautas antes das férias.

A propósito, os cosmonautas conseguiram refutar o boato de que a tradicional salada russa não pode ser preparada no espaço: acontece que uma salada com múltiplos ingredientes pode ser preparada tanto na ausência de peso como na superfície de nosso planeta. Mas é preciso colocá-la em um saco plástico.

A champanhe vira bolhas

Uma garrafa de champanhe para a véspera de Ano Novo foi aberta no espaço em uma única ocasião: em 1995, Valéri Poliákov foi o primeiro a fazê-lo. O experimento não foi um sucesso: a champanhe logo se transformou em bolhas, que se espalharam pela ISS.

Ninguém bebe para celebrar o Ano Novo

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É proibido beber álcool no espaço, embora nem sempre tenha sido o caso. Por 20 anos, cosmonautas soviéticos viajaram ao espaço até mesmo com conhaque, mas, no início dos anos 1980, essa prática foi abandonada.

A primeira árvore de Natal foi feita de latas de comida vazias

Nos últimos anos, a ISS ganhou uma árvore de Natal artificial. É removida todos os anos e decorada com enfeites que geralmente flutuam para diferentes direções devido à ausência de gravidade. Para evitar que a árvore “se afaste”, ela fica ligada a alguma coisa. Às vezes, ao próprio “teto” da estação.

Só é possível ver a família por videoconferência

Os cosmonautas têm um cronograma muito apertado, até no último dia do ano. Mas, apesar disso, conseguem encontrar tempo extra para conversar com suas famílias. O dia 31 de dezembro é o momento de fazer ligações e videoconferências não relacionadas ao trabalho com os colegas nos centros de controle de missão em Koroliov e Houston.

Primeiro, todo mundo ouve o discurso de Putin

O novo ano não pode começar sem isso, nem mesmo no espaço (segundo os russos). Quando bate meia-noite em Moscou, os cosmonautas russos acompanham o tradicional discurso do presidente ao povo russo, desejando um feliz Ano Novo.

Os cosmonautas veem o mesmo filme pela 30ª vez

Este é um dos rituais de Ano Novo na Rússia, e nada pode mudá-lo. Os cosmonautas assistem a “Ironia do destino”, um clássico soviético sobre um homem que, na véspera do Ano Novo, vai com seus amigos para uma bânia, fica bêbado, voa para outra cidade e invade o apartamento de uma mulher estranha (esquecendo completamente sua noiva).

Essa história romântica (sim, romântica) é imortal e tornou-se parte integrante das celebrações do Ano Novo no país. Companheiros de tripulação provenientes de outros países têm, muitas vezes, dificuldade de entender o que está acontecendo no filme.

São dados presentes feitos a mão por familiares

Foi exatamente um presente como esse que Kononenko ficou sem receber neste ano.

A ideia de fazer presentes com as próprias mãos foi sugerida aos familiares por psicólogos que trabalham com os astronautas. “Minha família me deu um travesseiro com uma foto nossa”, recorda o cosmonauta Anton Chkaplérov.

Ninguém trabalha em 1º de janeiro

No primeiro dia do ano, todos fazem o que querem. Vários membros da estação espacial têm um hobby. Por exemplo, o cosmonauta Serguêi Riazanski fotografa a Terra e publica as imagens em seu Instagram. E as imagens são de cair o queixo.

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