Venezuela está pronta para testar vacina russa, diz embaixador

Diplomata criticou ainda medidas restritivas impostas pelos EUA. Segundo ele, isso “impede o governo venezuelano de garantir que seu povo tenha tudo de que precisa”.

A Venezuela está pronta para participar dos ensaios clínicos da vacina russa contra o novo coronavírus e, se os testes forem bem-sucedidos, usá-la e promovê-la no mercado local, declarou o embaixador russo na Venezuela, Serguêi Melik-Bagdasaro.

“Mesmo antes de a Sputnik V (nome da vacina russa – editor) ser registrada, recebemos uma oferta de nossos parceiros venezuelanos para participar dos ensaios clínicos da vacina contra o coronavírus em desenvolvimento, com a perspectiva de posterior vacinação da população e sua promoção conjunta no mercado local”, disse o diplomata à agência de notícias TASS na quarta-feira (12).

Paralelamente, Melik-Bagdasaro disse ser muito cedo para discutir as datas concretas para o fornecimento de vacinas e medicamentos para covid-19 à Venezuela.

“Infelizmente, as medidas restritivas unilaterais, que violam o direito internacional, introduzidas pelos Estados Unidos e vários países ocidentais contra Caracas estão impedindo o governo legítimo venezuelano de garantir que seu povo tenha tudo de que precisa apesar da pandemia”, acrescentou o embaixador russo.

Apesar disso, o diplomata reiterou que há um trabalho ativo em andamento. “Esperamos ver a Venezuela entre os primeiros estados onde as conquistas da medicina russa provarão sua inquestionável eficácia”, concluiu.

Na última terça (11), a Rússia se tornou o primeiro país a registrar uma vacina contra o novo coronavírus, chamada Sputnik V. O imunizante foi desenvolvido pelo Instituto Gamaleya de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia e passou por ensaios clínicos nos meses de junho e julho. A formulação foi deita em uma plataforma que havia sido usada para o desenvolvimento de outros imunizantes. De acordo com o Ministério da Saúde russo, a experiência mostra que as novas vacinas são capazes de desenvolver imunidade de longo prazo, por até dois anos.

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