Segundo uma versão, as raízes desta expressão remontam aos tempos antigos, aos dias do tsar Aleixo Mikhailovitch. Em frente ao seu palácio em Kolomenskoie havia uma longa caixa, na qual qualquer pessoa poderia colocar a sua reclamação.
Retrato do tsar Aleixo Mikhailovitch, por autor desconhecido, final da década de 1670-início da década de 1680.
Domínio públicoHavia muitas pessoas dispostas a fazê-lo, mas essas queixas eram avaliadas lentamente. Primeiro, os boiardos esperavam até que a caixa ficasse lotada e só depois começavam a estudar as petições. Não é de se surpreender que algumas reclamações ficavam sem resposta. Enquanto esperavam por uma decisão, as pessoas muitas vezes esqueciam do que estavam se queixando.
Gravura do palácio em Kolomenskoie de Aleixo Mikhailovitch, 1780.
Domínio públicoAgora quanto à caixa, mas por que era chamada “longa”, e não “comprida”? Bem, as palavras ‘longa’ e ‘comprida’ são, obviamente, sinônimos.
Existe outra versão, segundo a qual a expressão “colocar em uma caixa longa” surgiu em meados do século 18. E veio do alemão para o russo. Nos tribunais alemães, os casos eram colocados em longas caixas tipo baú. As reclamações dos mais pobres eram consideradas por último, direcionando-as para uma… caixa longa. Então, talvez, a expressão tenha migrado para a língua russa junto com o hábito de adiar tudo o que é visto como “insignificante”. Assim surgiu esta expressão, que significa “adiar algo por tempo indeterminado”.
No assentamento alemão, por Aleksandr Benois, 1909
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