Em 2019, a participação do dólar em pagamentos entre a Rússia e os países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) caiu de 73% para 49%, de acordo com as estatísticas do Banco Central da Rússia e do Serviço Federal de Alfândega do país.
A moeda norte-americana foi substituída principalmente pelo euro, cuja participação no comércio dentro do grupo cresceu de 8% para 23%.
Além disso, no ano passado, 56% de todos os pagamentos entre a Rússia e a Índia foram realizados em rublos.
No entanto, o comércio da Rússia com o resto do mundo continua a se realizar principalmente em dólares. Segundo o jornal russo Izvêstia, quase 51% do valor total dos pagamentos entre a Rússia e parceiros estrangeiros foi realizado em dólar – embora sua participação esteja diminuindo lentamente.
O fortalecimento do euro no comércio exterior é uma tendência global, e não só russa, segundo o economista Vladímir Rojankôvski.
"A lista dos países afetados pelas sanções dos EUA está crescendo, os riscos de novas restrições não sumiram. A moeda norte-americana continua sendo a principal de reserva. Mas, para pagamentos internacionais, o euro já parece uma opção mais segura", explicou o economista ao jornal Izvêstia.
O sucesso das moedas nacionais no comércio dentro do Brics está relacionado à estrutura da cooperação, diz o economista Dmítri Kulikov.
O comércio dentro do Brics é representado principalmente por empresas estatais ou grandes, que dependem muito de acordos intergovernamentais, explicou Kulikov ao Izvéstia. Segundo ele, nos países com mais empresas privadas, a participação das moedas nacionais está crescendo de maneira demasiado lenta.
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