Segundo o Centro Analítico do Governo da Rússia, a pandemia de coronavírus levará a uma queda de mais de 5% no PIB (Produto Interno Bruto) do Brics, grupo integrado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
De acordo com as previsões do FMI (Fundo Monetário Internacional), as medidas restritivas e protocolos de distância social introduzidos pelos governos dos países do grupo, levarão a uma inevitável desaceleração das economias.
O declínio no valor adicionado bruto deve-se, em primeiro lugar, à quebra das cadeias de logística, queda na demanda dos consumidores, aumento do número de desempregados, fechamento de fronteiras e expectativas de novos surtos da covid-19.
Segundo os especialistas do Centro Analítico do Governo da Rússia, a incerteza econômica também está crescendo devido à deterioração da situação no mercado de energia, diminuição na demanda por petróleo e seus derivados, incerteza sobre o futuro acordo da OPEP+ e excesso de oferta do petróleo, que leva à queda dos preços.
Assim, segundo os economistas russos, com base nas previsões do FMI, no final deste ano apenas as economia da China e da Índia continuarão a crescer – com um aumento de 1,2% e 1,9%, respectivamente. A economia russa perderá 5,5% do PIB, a sul-africana, 5,8%, e a brasileira, 5,3%.
As perdas totais do PIB mundial entre 2020 e 2021 ultrapassarão os 9 trilhões de dólares.
Segundo os economistas do Centro Analítico do Governo da Rússia, para acelerar o comércio dentro do Brics e combater tendências econômicas globais negativas, os governos precisam realizar uma integração nas áreas de comércio, investimento estrangeiro e mercados financeiros.
Segundo as estimativas do FMI, em 2019, a participação total do Brics no PIB mundial em paridade de poder de compra foi de cerca de 33,3%,
Ainda no ano passado, o PIB nominal total dos países do Brics totalizou 20,8 trilhões de dólares, ou seja, 24% do PIB global em termos de volume.
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