O ex-ministro das Finanças e atual presidente da Câmara de Contas da Rússia, Aleksêi Kúdrin, declarou que, devido à crise financeira atual. o número de desempregados pode triplicar e chegar a 8 milhões de pessoas.
“Segundo as nossas previsões, durante a crise, o número de desempregados aumentará de 2,5 milhões para 8 milhões de pessoas e assim permanecerá, provavelmente, até o final deste ano", disse Kúdrin à agência RBC.
"Depois acontecerá o relançamento da economia, a demanda e o consumo voltarão a crescer, o número de desempregados diminuirá, porque as pequenas e médias empresas voltarão ao trabalho normalmente”, disse o economista.
Segundo ele, hoje, a demanda por alguns tipos de serviços desapareceu completamente. "As empresas não sabem como sobreviver, elas estão sendo forçadas a demitir pessoas", disse ele.
Hoje, cerca de 30% dos funcionários das empresas de entretenimento, de cafés e de restaurantes foram colocados em licença não remunerada.
No início de abril, Kúdrin disse ao presidente russo Vladimir Putin, que, em um cenário pessimista, o PIB da Rússia cairá 8%.
O governo reservou 1,4 trilhão de rublos (R$ 97 bilhões), ou seja, cerca de 1,3% do PIB, para combater a crise. Segundo Kúdrin, o volume é insuficiente.
"O pacote total de apoio deve ser de, pelo menos, 7% do PIB", disse ele ao jornal econômico russo independente RBC.
Segundo Kúdrin, nessa situação, o governo poderia aumentar a dívida estatal através de uma emissão adicional de títulos do governo. Em 10 de abril, a agência Bloomberg, informou que o governo russo está discutindo um novo pacote de medidas anti-crise que seriam financiadas pelo mercado de empréstimos.
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