Santos Silva (esq.) e Lavrov, em Moscou
Ministério dos Negócios Estrangeiros russo/Global Look PressDurante uma visita oficial de dois dias, o ministro das Relações Exteriores português, Augusto Ernesto dos Santos Silva, reiterou o interesse do país em aumentar o volume comercial com a Rússia e assumiu que as sanções prejudicam “ambas as partes”.
“Portugal tem defendido dentro da União Europeia, e falo também publicamente, o relacionamento bilateral [com a Rússia]. Temos que aproveitar qualquer evolução positiva no plano político para superar o impasse que hoje vivemos no plano das sanções e contrassanções, e que está a prejudicar ambas as economias”, disse Santos Silva, após encontro com seu homólogo russo Serguêi Lavrov, na segunda (26).
Lavrou também afirmou a disposição da Rússia em “evitar política de isolacionismo”.
Entre outros temas, os diplomatas debateram a situação do Oriente Médio e no Norte da África, as relações Rússia-Otan e os desenvolvimentos da crise russo-ucraniana.
Na véspera do encontro, Santos Silva declarou à agência TASS que Lisboa espera intensificar as relações econômicas entre Portugal e Rússia em breve.
“Queremos discutir nossas relações bilaterais e dar especial atenção às questões econômicas”, disse Santos Silva. “Além disso, estamos interessados em uma troca de opiniões sobre nossos planos nas Nações Unidas.”
Segundo o ministro português, Lisboa não está satisfeita com o atual volume de trocas comercial com Moscou, e “certamente espera que os países intensifiquem seu comércio dentro de pouco tempo”.
“Portugal tem algumas boas oportunidades de investimento, e a lista das nossas exportações mais proeminentes inclui produtos que tenho certeza que serão populares no mercado russo”, disse Santos Silva, citando ainda o setor turístico.
“Temos patrimônios e monumentos únicos, cidades pitorescas, paisagens inesquecíveis, cozinha incomparável, muito sol e excelentes praias, e, além disso, segurança, hospitalidade e profissionalismo”, disse Santos Silva. “O número de russos que vão a Portugal está aumentando e devemos ajudá-lo a crescer ainda mais.”
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