Os cossacos russos são um fenômeno cultural fora da curva. Eles não são uma classe social nem um grupo étnico, mas sim uma comunidade etnossocial com características próprias.
Antes da Revolução de 1917, os cossacos eram uma importante classe militar na Rússia, o governo russo aprendeu a usar as forças cossacas em prol de seus interesses, concedendo-lhes liberdades consideráveis em troca da defesa das fronteiras russas contra ameaças externas.
Embora estivessem entre os cossacos grupos étnicos completamente diferentes, com religiões diversas (além da maioria cristã ortodoxa, também havia muçulmanos e budistas entre eles), eles desenvolveram suas próprias tradições, cultura e dialeto.
Selecionamos as melhores pinturas que retratam membros dessa comunidade etnossocial incomum:
Em 1581, o ataman (líder cossaco) Ermak, à frente de um grande exército cossaco, iniciou uma campanha bem-sucedida contra o Canato Siberiano — um dos fragmentos do enorme Império Mongol desaparecido. Sua exploração da Sibéria marcou o início da expansão e colonização russa da região. Embora Ermak tenha morrido durante a campanha militar, ele conseguiu abrir caminho para a Sibéria russa. Sua vida e morte foram assunto de numerosas canções, livros e pinturas russas desde o século 16.
O cossaco do Don Stepan (Stenka) Razin começou como o líder de uma pequena gangue de bandidos, mas em breve se tornou o comandante do exército rebelde que desafiou o monarca e todo o Estado russo. O bandido queimou e devastou dezenas de cidades, executou milhares de nobres, boiardos e oficiais do tsar.
Razin permaneceu na história como um dos principais vilões russos. Durante anos, o bandido conseguiu manter o sul do Estado russo sob controle. Em 1671, o cossaco foi capturado e executado na Praça Vermelha.
Leia mais sobre Razin aqui.
A revolta de Emelian Pugatchov contra o governo tsarista (1773-1775) levou à morte de milhares de pessoas, expôs vários problemas na sociedade russa e a insatisfação dos camponeses, dos pobres e das minorias étnicas com o governo imperial. Pugatchov se autodenominou imperador e começou uma verdadeira guerra contra a imperatriz Catarina, a Grande, atraiu ao seu exército milhares de camponeses pobres e bandidos. Após a derrota dos rebeldes, Pugatchov foi levado a Moscou, onde foi decapitado e esquartejado. Leia mais sobre a rebelião mais horripilante da história russa aqui.
Essa batalha ocorreu durante a Guerra Russo-Polonesa de 1792. Ambos os lados declararam então sua vitória. Kossak é o pintor polonês renomado por suas representações de batalhas e de temas históricos, foi o autor de várias obras que retrataram os eventos das Guerras Napoleônicas.
Este quadro do pintor francês Pierre-Nolasque Bergeret de 1807 retrata o momento após a conclusão da Paz de Tilsit. O acordo de paz entre os imperadores russo e francês foi recebido com grande entusiasmo na França, cansada das guerras que continuavam quase sem interrupção desde 1792.
O artista Bergeret, aluno do Jacques-Louis David, mostrou o momento em que, após uma revisão das tropas russas, os membros da cavalaria irregular foram apresentados a Napoleão, entre eles, os cossacos. A paz continuou até o Grande Exército de Bonaparte invadir o território do Império Russo em 1812.
Logo no início da invasão da Rússia por Napoleão, os cossacos infligiram uma grande derrota aos lanceiros poloneses do Grande Exército na batalha perto da cidade de Mir. Esta foi a primeira vitória séria das tropas russas sobre o inimigo da Guerra Patriótica de 1812.
Nesse quadro, o pintor russo de origem polaca, mestre em cenas de batalha, descreveu o confronto entre um cossaco e um polaco.
Durante a Guerra Patriótica de 1812, o ataman (líder) do exército dos cassacos do rio Don, Mikhail Platov, ajudou os exércitos russos, infligindo golpes dolorosos aos franceses. Mais tarde, perseguiram incansavelmente os remanescentes do Grande Exército durante sua fuga da Rússia e mostraram-se de forma excelente durante a campanha militar na Europa em 1813-1814.
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