Por exemplo, na Praça dos Cosmonautas, próxima à casa da cultura “Outubro”, há retratos de exploradores espaciais: Iúri Gagárin, Vladímir Komarov, Gueórgui Dobrovolski e Vladislav Volkov.
Já perto da casa de cultura ‘Mir’, há todo um beco com retratos no mesmo estilo: Maksim Górki e Vladímir Maiakóvski, Dmítri Chostakovitch e Maia Plisetskáia, Lev Tolstói e Rodion Schedrin, Piotr Tchaikóvski e Fernand Léger, Leonid Kogan e até mesmo da guerrilheira Zoia Kosmodemianskaia.
Todas essas obras foram criadas por uma só autora: a artista Nadejda Léger. Irmã do poeta Vladislav Khodasevitch — um pupilo dos UNOVIS (abreviatura em russo para “Utverditeli Novogo Iskusstva”, ou “Os Campeões da Nova Arte”), criados por Kazimir Malevich —, Nadejda para Paris em 1924. Lá estudou com o artista Fernand Léger e, mais tarde, tornou-se sua esposa. Ela começou a trabalhar com mosaicos somente nos anos 1960, ao conhecer as obras do mosaicista italiano Lino Melano, que fez a fachada do Museu Léger.
Na sequência, a russa concebeu uma série de 65 retratos de pessoas importantes. Em 1972, Nadejda Léger apresentou seu projeto nos subúrbios de Paris e depois doou-o à União Soviética.
Ao se depararem com tantos veículos portando retratos em mosaico, as autoridades soviéticas ficaram um pouco confusas e os deixaram de lado por algum tempo. Em 1974, foi encontrado um destino paras as peças: dezenas delas foram instaladas em Dubna e, desde então, decoram as ruas da cidade científica.
LEIA TAMBÉM: 10 pinturas de Deineka que todo mundo devia conhecer
O Russia Beyond está também no Telegram! Para conferir todas as novidades, siga-nos em https://t.me/russiabeyond_br