5 razões para assistir ao hit russo ‘Masha e o Urso’ junto com seus filhos

Exibido pela primeira vez há mais de 10 anos, desenho animado russo se tornou sensação global. Após sua distribuição bem-sucedida na Itália, versão cinematográfica está chegando às telonas no Reino Unido e na Irlanda.

O desenho animado mais assistido no mundo todo

Em 2019, a popularidade de ‘Masha e o Urso’ foi enfim reconhecida oficialmente: o desenho russo foi incluído no livros dos recordes “Guiness” como o vídeo de animação mais assistido nas redes sociais – com mais de 50 bilhões de visualizações no YouTube. Para ter uma noção da façanha, basta lembrar que, ao longo de toda a história da plataforma de vídeos, apenas a trilha sonora de “Velozes e Furiosos 7”, o clipe de “Shape of You”, de Ed Sheeran, e “Despacito”, tiveram mais audiência.

A série animada sobre a garotinha Masha e o urso domesticado que vive em uma floresta russa é também exibida em canais de TV de mais de 130 países ao redor do mundo. Nenhum outro desenho animado russo alcançou tal sucesso antes.

Acha pouco? O episódio a seguir se tornou o único vídeo em russo no YouTube que teve mais de um bilhão de visualizações – já foi assistido 4,4 bilhões de vezes.

Um ‘fenômeno russo’

Foi assim que a Netflix descreveu ‘Masha e o Urso’ quando adicionou o desenho ao seu catálogo em 2015. O sucesso da animação russa em muitos países se deve, acima de tudo, à sua universalidade. Não é preciso ser russo para acompanhar o desenho.

O cenário é simples: uma criança exige a atenção dos pais a cada minuto e, assim que eles se distraem, tudo sai do controle com a velocidade da luz. Soa familiar? Sim, independentemente do país ou contexto cultural. Esses temas e situações universais abordadas tornam ‘Masha e o Urso’ um produto absolutamente global.

Além disso, o desenho é bem produzida, divertida e tem poucos diálogos, tornando suas histórias ainda mais acessíveis ao público estrangeiro.

Atinge o público-alvo bem na mira

O público principal de ‘Masha e o Urso’ são crianças com idade entre 2 e 7 anos. O autor do projeto, o animador Oleg Kuzovkin, era grande fã de “Tom e Jerry”: uma briga entre os protagonistas, um enredo divertido e um final feliz (ou quase feliz) com moral da história parecia a fórmula perfeita. Mas ele decidiu que, além de falar de animais, precisava de... uma criança. Com quem mais os jovens telespectadores se identificariam tão facilmente? Masha olha o mundo através dos olhos de seu público e isso, obviamente, é um aspecto cativante do desenho russo.

Cada episódio dura entre sete e 10 minutos. Para a versão cinematográfica, os criadores reuniram vários episódios em um único filme e adicionaram um pouco de interatividade para as crianças.

“Charadas” para os adultos

Os criadores de ‘Masha e o Urso’ também pensaram nos pais. Para eles, foram inseridas “charadas” nas histórias e no visual do desenho – apenas adultos podem entendê-los. Há, por exemplo, referências a filmes como “Titanic”, “Forrest Gump” e “A Máscara do Zorro”, ou referências à vida cotidiana na União Soviética na casa do Urso (como o aparelho de televisão e a geladeira antiga). Esta última não provocará nostalgia no público estrangeiro, mas continua sendo um detalhe intrigante.

Preocupação com as crianças

‘Masha e o Urso’ é uma das cinco marcas infantis mais populares da Europa, algo que dá a seus criadores oportunidades quase ilimitadas de ganhar dinheiro com o que quiserem. Mercadorias na forma de livros, alimentos, brinquedos e artigos de papelaria trazem mais lucro do que os direitos de distribuição do desenho animado.

No entanto, a política da marca é não ganhar dinheiro em detrimento da saúde das crianças. Por exemplo, seu filho nunca comerá batatas fritas com Masha na embalagem ou tomará refrigerante com a estampa do Urso. Não existem produtos, porque a marca russa não os licencia. Na Itália, porém, lançaram um salgadinho de milho, em vez de batatas fritas, e água mineral e sucos, em vez de refrigerantes.

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