Estas bonequinhas siberianas vão simplesmente derreter seu coração (FOTOS)

Cultura
ALEKSANDRA GÚZEVA
Irina Verhgradskaia, de Novosibirsk, produz pequenas esculturas de pessoas e utensílios domésticos para descrever as cenas do cotidiano russo. E mesmo trabalhando com uma escala minúscula, consegue transmitir as emoções mais fortes.

Desde a infância, Irina gosta de costurar bonecas e fazer roupas para elas. Mas, nos últimos 15 anos, ela vem trabalhando com materiais mais complexos. Ela acredita que as pequenas esculturas de plástico parecem muito mais realistas.

“Cada figura não é apenas uma boneca, mas uma pessoa com seu próprio destino, que compartilho com meu personagem, enquanto os crio”, diz Irina.

A artista produz personagens literários e históricos, bem como modelos de figurinos nacionais e situações ligadas a gênero.

Tudo é pensado nos mínimos detalhes – seja um traço, uma toalha quadriculada queimada por uma panela quente...

...ou um logo pequeno em uma embalagem de chá.

Os bonecos em miniatura de Irina são pessoas comuns, com suas preocupações diárias, alegrias e tristezas.

Algumas das cenas são tiradas da infância de Irina: por exemplo, ela se lembra de como a mãe costurou um vestido para uma festa de Ano Novo – e a artista descreveu essa recordação abaixo.

Ou uma avó, que conversa com uma foto de sua neta por estar longe dela. A precisão dos detalhes impressiona: tudo parece mais realista – o guarda-roupa antigo, o novelo de lá, o doce e até o calendário destacável. 

Irina é especialmente habilidosa em fazer bonecos de idosos. Sua série mais emocionante, “Meus queridos velhinhos”, representa como as pessoas idosas costumam viver hoje em dia, com todos os detalhes da casa.

Algumas imagens fazem os observadores se emocionarem e até chorarem – é assim que muitos usuários de redes sociais reagem às obras de Irina.

Irina tem muito a contar sobre as histórias por trás de suas estatuetas. Por exemplo, certa vez encontrou um volume de “Vicomte de Bragelone”, de Alexandre Dumas, que pertencia a um casal de idosos. O livro parecia um pouco gasto, como se tivesse sido lido e relido diversas vezes. E Irina inventou uma cena em sua mente: uma senhora descascando batatas, enquanto o marido lia seu romance favorito em voz alta.

Uma de seus obras favoritas do autor é “O dia mais feliz”: esta é a cena em que a noiva de vestido branco está abraçando sua avó.

Irina admite que seu trabalho tem uma forte carga emocional e, por isso, nem sempre é fácil fazê-lo. “Às vezes, preciso parar para se acalmar”, conta.

Irina dedicou várias cenas ao Dia da Vitória da Segunda Guerra Mundial – uma vez que este dia é extremamente importante para as gerações mais velhas na Rússia.

Irina se diz satisfeita quando lê comentários e recebe feedback sobre suas obras.

Muitas pessoas agradecem a Irina, compartilhando suas impressões e explicando a ela que, depois de verem seu trabalho, correram para ligar para seus avós.

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