Museus Hermitage e Púchkin e Galeria Tretyakov comandarão exibições na Bienal de Veneza

Cultura
OLEG KRASNOV
Tintoretto, artistas teatrais russos e o realismo socialista de Gueli Kórjev serão alguns dos destaques de 11 de maio a 24 de novembro.

Os visitantes da Bienal de Veneza de 2019, que começa em 11 de maio, poderão conferir os espaços de três grandes museus russos, cada um apresentando trabalhos dos últimos 100 anos.

De acordo com o diretor do Hermitage de São Petersburgo, Mikhail Piotrovski, o museu será curador do Pavilhão Russo no Giardini della Biennale. Pela primeira vez, a tarefa não recairá sobre um indivíduo ou grupo, mas uma instituição.

A abertura da Rússia será uma exposição coletiva com Aleksandr Sokurov, que venceu o Leão de Ouro do Festival de Cinema de Veneza com o longa “Fausto”, e o pintor cênico Alexander Shishkin-Hokusai. As esculturas presentes na instalação deste último estão sendo atualmente feitas em oficinas do Teatro Tovstonogov de São Petersburgo, em uma parceria com a Bienal de Veneza, segundo Piotrovski. 

Além do Hermitage

O Museu Púchkin de Moscou e a Galeria Tretyakov também estão preparando suas próprias exibições em diferentes locais de Veneza.

O Púchkin está se unindo à Stella Art Foundation para a exposição “No final mora o começo…” na Igreja de San Fantin, apresentada como um diálogo entre mestres antigos e artistas contemporâneos.

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Entre os participantes estão Tintoretto e Emilio Vedova, o diretor de teatro Dmitry Krymov, a conceitualista Irina Nakhova (que representou a Rússia na Bienal de 2015), o artista norte-americano Garry Hill e o coletivo suíço Mediengruppe Bitnik.

Conforme solicitado pela Universidade Ca’ Foscari, em Veneza, a Tretyakov fará a curadoria de uma exposição monográfica de Gueli Kórjev intitulada “Kórjev. De volta a Veneza”. O representante do realismo socialista, autor do famoso “Levantando a Bandeira”, é um dos favoritos da diretora de Tretyakov, Zelfira Tregulova. Ela apresentou o trabalho de Kórjev no Palazzo delle Esposizioni, em Roma, além de ter organizado a primeira retrospectiva do pintor na Tretyakov em 2016. A palavra “Voltar” no título refere-se à participação do artista na Bienal de 1962, quando representou a Rússia. Hoje, esse espaço da exposição contará com cerca de 50 obras.

Ambos os museus de Moscou também submeteram suas mostras ao programa paralelo da bienal, que daria oportunidades adicionais de promover suas exposições. No entanto, segundo o Museu Púchkin, as entradas não foram aprovadas.