Taxista faz jornada dupla como ilustrador enquanto fica preso em engarrafamentos em Moscou

Sem formação artística, azerbaijano radicado na Rússia transforma tempo perdido no trânsito em arte. E já recebeu encomendas de passageiros.

Há muitos personagens interessantes entre os taxistas de Moscou.

Alguns são tagarelas demais, outros têm um coração bondoso – como o motorista que devolveu 4 milhões de rublos (59 mil dólares) esquecidos por um casal distraído no banco de trás.

Eldaniz Abdullaiev, de 41 anos, é um desses casos. Em vez de se zangar com a infraestrutura da capital enquanto está preso no trânsito, ele desenha.

Para Abdullaiev, trata-se de um hobby, mas alguns passageiros já pediram para comprar suas obras.

“Eu não promovo meu trabalho aos passageiros, mas, se alguém se interessar pelo que estou fazendo enquanto esperamos em um engarrafamento, fico feliz em mostrar meus trabalhos”, diz Eldaniz. “Eu sempre tenho um caderno e uma caneta comigo, então, posso desenhar sempre que tiver um minuto livre.”

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Eldaniz não tem educação artística formal, embora já tenha feito algumas aulas com um artista. “Além de desenhar, eu também faço esculturas – mas não consigo esculpir em engarrafamentos, então desenho. Eu tentei sair da arte algumas vezes, mas acho que você não pode fugir da sua paixão.”

Nascido na cidade de Cheki, no Azerbaijão, o taxista é formado em administração econômica pela Universidade de Administração e Tecnologia do Estado de Moscou. Mudou-se para Moscou em 1994, quando trocou o emprego de vendedor para virar motorista de táxi. Nos últimos dois, trabalha pelo aplicativo Yandex.Taxi.

“É um trabalho estável e, atualmente, é minha principal fonte de renda”, diz. “O desenho, por sua vez, é apenas um hobby por enquanto. Às vezes, recebo pedidos; às vezes, não. A arte não resolve nenhum problema imediato, por isso, não é um trabalho certo, mas veremos o que o futuro nos traz”, conclui.

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