“Dersu Uzala” e outras parcerias Ásia-URSS nas telonas

Embora cooperasse ativamente com os países ocidentais, a cinematografia soviética jamais esqueceu do Oriente. Diversos projetos indo-russos de sucesso, por exemplo, nasceram das relações cordiais entre os dois países. A grande maioria deles, porém, jamais foi lançada nas salas brasileiras e muitos nem têm título em português.

Journey Beyond Three Seas, ou Pardesi (URSS, Índia, 1957)

“Journey Beyond Three Seas” (Jornada além dos três mares, em tradução livre) conta a história do comerciante russo Afanasi Nikitin, que, no século 15, viajou para a Índia e se apaixonou por uma garota local. Este foi o primeiro filme indo-soviético, lançado no auge das relações bilaterais entre os dois países. 

We Stand United (URSS, China, 1959)

Em “Nós permanecemos unidos” (tradução livre), dois velhos amigos, trabalhadores chineses e soviéticos que se conheceram muitos anos antes na URSS, se encontram no local de construção de uma usina hidrelétrica na China. Eles devem, de alguma forma, evitar a inundação do rio, o que compromete todo o processo de construção. 

Little Runner (URSS, Japão, 1966)

Um garotinho japonês chamado Ken embarca secretamente em um navio soviético. Ele quer encontrar seu pai, que ele acredita estar na URSS. Lá, conhece o famoso palhaço Iúri Nikulin, que o ajuda não apenas na busca, mas também lhe dá a chance de estudar e se tornar um grande músico. Esse filme foi feito em homenagem ao 10º aniversário de assinatura da Declaração Conjunta soviético-japonesa, que encerrou oficialmente o estado de guerra e restaurou os laços diplomáticos entre os dois países.

Moscow, My Love (USSR, Japão, 1974)

Esse drama soviético-japonês conta a história de Yuriko Ono, que chega a Moscou para estudar balé. Lá, a japonesa se apaixona pelo moscovita Volodia, mas a alegria deles não dura muito. Nascida em Hiroshima, Yuriko sofre de leucemia 

Dersu Uzala (URSS, Japão, 1975)

O mais conhecido e bem-sucedido filme soviético-japonês, “Dersu Uzala”, foi dirigido pelo famoso Akira Kurosawa. Conta a história das aventuras do explorador Vladimir Arseniev e do caçador nômade pertencente à etnia nanai (citada no filme como goldi) Dersu Uzala no Extremo Oriente Russo no início do século 20. Em 1976, esse longa ganhou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.

Rikki-Tikki-Tavi (URSS, Índia, 1975)

Baseado no conto homônimo de Rudyard Kipling, o filme retrata a história de um pequeno mangusto (mamífero pequeno e ágil), que se torna um verdadeiro amigo e protetor contra cobras de uma família britânica que reside na Índia.

Ali Babá e os Quarenta Ladrões (URSS, Índia, 1980)

O principal herói desse conto de fadas é Ali Babá, personagem lendário das histórias de “As Mil e Uma Noites”. Ele encontra grandes tesouros na caverna de um bandido e agora precisa, de alguma forma, manter esse dinheiro para ajudar sua cidade natal. O filme, de grande escala, foi rodado na Índia e nas repúblicas soviéticas do Tadjiquistão Uzbequistão, com a participação dos principais atores da Ásia Central. 

Shikari, ou The Law of the Jungle (URSS, Índia, 1991)

Esse longa filme indo-soviético de ação, estrelado por Mithun Chakraborty, conta a história de Shankar, que ganha a vida fazendo apresentações itinerantes. Um circo soviético em turnê pela Índia lhe oferece um emprego, e Shankar acaba se apaixonando pela russa Natasha. No entanto, de repente as coisas mudam para pior. Contrabandistas matam seu pai, e Shankar deve se vingar...

Você lembra quais longas renderam um Oscar à Rússia?  Confira seis filmes russos e soviéticos que conquistaram estatueta em edições passadas.

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