6 vilões russos derrotados por James Bond

Ator irlandês Pierce Brosnan posa sobre tanque russo T-55 e com um rifle Kalashnikov para material publicitário de '007 Contra GoldenEye'

Ator irlandês Pierce Brosnan posa sobre tanque russo T-55 e com um rifle Kalashnikov para material publicitário de '007 Contra GoldenEye'

Getty Images
O lendário espião britânico dá o melhor de si quando enfrenta um terrível inimigo russo. Relembre os eslavos sem sorte que foram derrotados pelo agente 007.

O ator britânico Daniel Craig anunciou seu retorno às telonas em 2019 como o espião-herói James Bond, porém, ainda não há detalhes sobre os futuros vilões do longa. Mas, se considerarmos as experiências do passado, há uma boa chance de ele se encontrar (mais uma vez) defendendo o mundo ocidental de um inimigo russo. Veja quais foram seus adversários eslavos em filmes antigos, do menor ao mais sinistro.

6. General Arkady Ourumov – 007 Contra GoldenEye (1995)

Ator alemão Gottfried John como General Ourumov

Que cobra escorregadia é esse cara. Com o único objetivo de satisfazer sua megalomania e se tornar o “Homem de Ferro” da Rússia, ele e sua cúmplice Ksenia Onatopp passam anos aterrorizando o país.

A organização criminosa de Ourumov, Janus, não para – sequestra um helicóptero Tiger, destrói uma estação espacial siberiana e rouba os controles das armas espaciais GoldenEye. Durante algum tempo, porém, Ourumov escapa da situação culpando “separatistas siberianos” pelo ataque.

Ourumov encontra seu fim nas mãos de James Bond dirigindo um tanque que vai destruindo edifícios históricos nas ruas estreitas do centro de São Petersburgo. Bond então pilota seu tanque na tentativa de brecar o trem em que Ourumov está fugindo e, é claro, vence o tiroteio que se segue.

Embora a competência do general seja admirável, não há nada em relação a ele para se lamentar; sua falta de propósito o torna um tipo odiável. Ele também é completamente superado em carisma por sua colega (um tanto mais sedutora), Miss Onatupp, o que o coloca em último lugar em nossa lista.

5. General Orlov – 007 contra Octopussy (1983)

Existe algo que possa deter esse lunático?

Orlov é louco de pedra, e seu objetivo é paralisar o Ocidente a qualquer custo; ou melhor, a devastação nuclear da Europa, que supostamente permitiria a invasão soviética por terra.

Mas e se o comando militar soviético o ignorar? Tudo bem, ele vai vender alguns ovos de Fabergé e financiar sua própria missão. E a ameaça de um holocausto nuclear na URSS? O Ocidente não fará nada porque eles estão decadentes e divididos.

General Orlov

Quem poderá nos defender? Oras, James Bond! Depois de frustrar o plano de Orlov de entrar com uma bomba atômica na Alemanha por trem, Bond sobe a bordo para neutralizá-la. Ao pular do trem, Orlov é atingido por guardas de fronteira alemães.

Pelo menos, o vilão morreu acreditando que seu sonho (uma explosão nuclear na Europa) estava prestes a acontecer, dizendo aos seus superiores: “amanhã, eu serei um herói da União Soviética”. Bem, não exatamente.

4. General Georgi Koskov – 007 Marcado para a Morte (1987)

Ator Jeroen Krabbe no set de filmagem de '007 Marcado para a Morte'

Não importa de que lado estiver, esse criminoso cortês é jogada dura. Operando como agente duplo dos EUA e da URSS, Koskov usa seu comportamento aparentemente insuspeito e boa aparência para jogar uns contra os outros e apunhalar todos pelas costas.

Você provavelmente imagina que um agente disposto a arriscar tão alto teria um propósito maior, certo? Mas tudo o que se passa na cabeça de Koskov é heroína. Isto é, provocar uma guerra mundial, e então traficar heroína do Afeganistão enquanto os ocupantes soviéticos estão distraídos. Quão nobre.

Para fazer isso, ele finge sua própria deserção ao Ocidente e convencer Bond a matar o general soviético (curiosamente chamado) Pushkin, que, segundo o espião, estaria reavivando a SMERSH (“Morte aos espiões”, uma unidade antiespionagem de Stálin). Bond aproveita a isca e, com Pushkin a seu lado, detém o general citado e o envia de volta à sua pátria, onde ele finalmente tem o que merece. 

3. Renard – 007 - O Mundo Não é o Bastante (1999)

Ator escocês Robert Carlyle como Renard em  'O Mundo não é o Bastante'

Este anarquista e terrorista de aluguel russo-bósnio não é o típico ovo podre. Com uma bala alojada em seu cérebro, e que o impede de sentir dor, Renard sabe melhor do que ninguém que seu tempo na Terra é curto e, por isso, quer infligir tanto mal quanto possível. A única coisa com que se preocupa é se vingar de M, que ordenou sua execução, além de proteger sua amada, a socialite Elektra King.

No final, as grandes ambições anticapitalistas de Renard entram em conflito com seu amor por Elektra. Embora, inicialmente, ela não estivesse tão a fim de Renard (ele fez sua primeira investida sequestrando-a), ela encontrou uma maneira de usá-lo a seu favor, convencendo-o a detonar o submarino nuclear do concorrente de seu pai no setor de petróleo. O plano é – obviamente – frustrado na última hora por Bond, que embarca no submarino e consegue matar Renard. Não parece que a história se repete?

Por um lado, Renard é uma espécie de figura trágica, sendo impossível não sentir pena dele. Fica claro desde o início que ele teve uma vida difícil, e seu sadismo vem de uma depressão profunda. Ele também não consegue fazer amor com Elektra devido à sua completa ausência de sentidos. Por outro lado, ele matou o médico que salvou sua vida porque o especialista não conseguiu tirar a bala de seu cérebro – sem falar no plano de explodir o Bósforo com um submarino nuclear, o que teria matado milhões.

2. Ksenia Onatupp – 007 Contra GoldenEye (1995)

Atriz holandesa Famke Janssen como a vilã Ksenia Onatopp

Igualmente aterrorizante e irresistível, Ksenia Onatupp é uma Bond girl memorável. Operando na rede criminal Janus, de Ourumov, Onatupp mata centenas de pessoas ao longo do filme; muitas vezes, da maneira mais criativa possível. Um de seus amantes leva tesouradas durante o ato sexual, enquanto o outro é sufocado por suas coxas. Você também deve se lembrar de Ksenia como aquela vilã que atingiu o orgasmo enquanto matava um grupo de inocentes. Que garota doce.

Os gostos de Onatupp são tão pouco convencionais que até mesmo Bond, o próprio rei da mulherada, não se interessa por ela. Mesmo porque Ksenia tenta matá-lo várias vezes (incluindo uma vez com as coxas), o que provavelmente acabou com o clima.

No final, Ksenia é detida pelas agências de inteligência britânicas e americanas ao tentar fugir para Cuba; ao cair de um helicóptero, seu corpo fica pendurado entre dois galhos. “Ela sempre gostou de um bom aperto”, diz Bond sobre a situação.

1. Rosa Klebb – Moscou contra 007 (1963)

Com o sex appeal de uma freira, Rosa Klebb, talvez, seja lembrada como a única personagem feminina que quase destruiu James Bond apenas com o cérebro. Como agente dupla, Klebb é capaz de manter ambos os lados sob controle, permeando pelas agências de espionagem ocidentais sem que ninguém de seu círculo descubra.

Seu nome é um trocadilho do slogan comunista “pão e rosas” (“khleb i rozy”), e a lealdade de Klebb se mostra, em última instância, à União Soviética, pela qual a espiã quase rouba um decodificador secreto. Mas isso teria funcionado se a assistente de Bond, Tatiana Romanova, não aparecesse em seu caminho.

No final, Tatiana acaba com os planos de Rosa, disparando contra sua cabeça e impedindo-a de matar Bond com os canivetes envenenados escondidos em seus sapatos. Tendo seu plano frustrado no último segundo, Klebb chegou mais perto do que ninguém de matar Bond – e, por essa razão, ela leva o nosso número 1.

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