Filme da Disney baseado em folclore eslavo se torna a maior bilheteria nacional de 2017

Filme não tem data de lançamento prevista no Brasil

Filme não tem data de lançamento prevista no Brasil

Disney Russia
Longa retrata aventuras de garoto do século 21 pelo universo dos contos de fada russos.

Um jovem progressista de Moscou chamado Ivan vai parar repentinamente em um mundo de conto de fadas, onde conhece Vassilisa, a Bela, Koschei, o Imortal, e outros personagens do folclore eslavo. O protagonista dessa história é então forçado pela circunstâncias a tomar partido em uma batalha eterna entre o bem e o mal.

Esse é o enredo do filme “The Last Bugatyr”, ou “The Last Warrior” (“O Último Guerreiro”, em tradução livre), de Dmítri Diatchenko, arrecadou US$ 22 milhões) nas primeiras duas semanas de lançamento e se tornou a maior bilheteria entre os lançamentos nacionais de 2017.

O filme atingiu também o sexto lugar entre os 10 maiores sucessos de bilheteria de 2017, sendo superado apenas pelos blockbusters mais recentes das séries ‘Piratas do Caribe’, ‘Velozes e Furiosos’ e ‘Meu Malvado Favorito’. 

Segredo do sucesso

O filme é coproduzido pela Disney e pela empresa russa Yellow, Black and White, o que ajuda a trazer um novo nível de realismo ao longa. Trata-se da segunda tentativa e mais bem-sucedida iniciativa da Disney de entrar no mercado cinematográfico russo – em 2009, produziu o filme “The Book of Masters” (“O Livro dos Mestres”), também baseado em contos tradicionais russos, e faturou quase US$ 11 milhões de bilheteria.

Após o boom soviético de filmes baseados no folclore russo, houve um longo período durante o qual vários longas baseados em contos tradicionais, destinados sobretudo a públicos mais jovens, chegavam às bilheterias e eram rapidamente esquecidos. Mas “The Last Warrior” pode ter uma vida útil mais longa pelo fato de ser um filme bem humorado e produzido. Além disso, não pretende ser um conto de fadas verdadeiro.

O filme é classificado como para crianças com 12 anos ou mais e interpreta os personagens eslavos tradicionais de maneiras novas e ousadas: eles não são 100% bons ou maus; são figuras complexas, com muitas características diferentes.

Antigos heróis, novos papéis

Baba Yaga é tradicionalmente retratada como uma bruxa velha e feia, assim como Koschei, o Imortal, um feiticeiro poderoso que constantemente tenta roubar princesas. Neste filme, eles surgem como criaturas terríveis, mas, em seu mundo interior, acabam sendo tão engraçados como os personagens de “Meu Malvado Favorito”, por exemplo. Eles são cínicos e inteligentes e geralmente aparecem em situações bobas, bem como outros personagens dos tradicionais contes de fada russos. Nem mesmo o protagonista Ivan, “o último guerreiro”, é retratado como um herói inabalável e corajoso, mas um garoto legal e comum que tira selfies com Baba Yaga e Koschei.

Para os russos, esses personagens folclóricos são bem conhecidos desde a infância, de modo que vê-los em circunstâncias tão novas é uma maneira inteligente de capturar a imaginação do público. Além do mais, os espectadores ficam lisonjeados ao ver que heróis nacionais também podem ser interessantes, e não só os personagens da Marvel.

O longa exibe ainda belas paisagens, interiores esplêndidos dos palácios dos tsares, música russa – como a ópera “Príncipe Igor”, de Aleksandr Borodin – e muita piada.

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