Assim era o ecranoplano experimental de resgate soviético ESKA-1 (Fotos)

Em revistas científicas populares nacionais e estrangeiras, houve inúmeros relatos de ecranoplanos de voo baixo, entre os quais encontrava-se o bote de resgate anfíbio experimental soviético ESKA-1, criado em 1973. Esta máquina produzida por amadores, que passou com sucesso no ciclo de testes de voo, foi projetada por iniciativa de Evguêni Petrovitch Grunin na Oficina de Projetos Estudantis do MIIGA (Instituto de Engenheiros Civis de Moscou). Além disso, os engenheiros moscovitas A. Gremiatska, S. Tcherniavski, Iu. Gorbenko e N. Ivanov participaram do desenvolvimento. O ESKA-1 recebeu a medalha de bronze na Exposição de Conquistas Econômicas da URSS.

A asa tinha formato triangular. A posição do centro de gravidade – em vários ângulos de ataque e ao alterar a distância até a tela – muda insignificantemente.

Para estabilidade lateral e controlabilidade, os consoles possuem as chamadas seções de asa destacáveis, superfícies aerodinâmicas equipadas com ailerons.

Como o ESKA-1 é lançado a partir da água, eram necessários flutuadores e uma superfície plana para o corpo da embarcação.

A resistência aerodinâmica aumentava rapidamente durante a subida, então, a sustentação da asa se igualava ao peso do avião, sua resistência diminuía e ele se afastava da água.

Outra peculiaridade da configuração hidrodinâmica do ESCA-1 é que todo o bordo de fuga da asa ficava submerso na água e não criava resistência às ondas, conseguindo, assim, uma navegação suave, já que a asa se apoiava nas cristas das ondas. Na velocidade de fuga, tocava a água apenas com a borda do casco, e a asa não sofria nenhuma carga de choque.

O casco foi revestido com compensado de diferentes espessuras: na proa era de 2 mm, depois a espessura aumentava gradativamente, chegando a 7 mm na parte do motor. Os projetistas ficaram convencidos da conveniência desse reforço após a colisão com um recife flutuante. Uma estrutura menos rígida não suportaria o choque.

O compensado tinha 2 mm nas tábuas e 1 mm nas laterais. O exterior do barco foi laminado com uma camada de resina epóxi de tecido de fibra de vidro. Para evitar que a máquina acumulasse água e conferir-lhe uma superfície limpa e lisa, importante para a sua carenagem, seu casco era tratado com massa epóxi e pintado com esmalte sintético, sendo depois coberto com uma camada de verniz parquet.

O conjunto de motores incluía um de quatro tempos com carburador de dois cilindros M-63 de 32 cavalos de potência, um redutor especial com relação de transmissão de 1:2,3, uma hélice de madeira SDV-2 O1,6 m e um chassi de motor de tubos de aço O26 mm.

O motor estava fixado à carcaça do motor com parafusos M8 por meio de amortecedores de borracha e era montado atrás da cabine nos conjuntos de potência nº 9 e nº 12. Na potência máxima, o motor atingia 4.700 rpm. Da caixa de câmbio, a hélice recebe 1900 a 2100 rpm. Isso corresponde a um empuxo de 95-100 kgf.

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