Relembrando o ‘Pangolina’, o ‘Lamborghini’ soviético

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Embora a indústria automobilística soviética fosse bastante robusta, era impossível conseguir um veículo personalizado. A maioria dos cidadãos da URSS simplesmente aceitava isso como um fato consumado, mas havia quem tivesse conhecimento e entusiasmo suficientes para conseguir o carro dos seus sonhos.

Foi então, como conta Nazad v SSSR, que surgiu o movimento samavto: montadores de carros por conta própria faziam seus veículos em seu galpão usando literalmente tudo o que tinham à disposição. Assim, surgiu o símbolo-mor dos carros improvisados ​​soviéticos, o futurista ‘Pangolina’, cuja aparência supera até a de alguns carros esportivos modernos.

Um desses modelos produzidos localmente foi ideia do engenheiro Aleksandr Kuliguin, que também montou um SUV de seis rodas e um carro-conceito, ambos para uso militar.

Em geral, a aparência do carro lembrava os modelos mais modernos da Lamborghini, sobretudo a silhueta aerodinâmica. Outro detalhe do carro de Kuliguin era a substituição da porta tradicional por uma superior articulada, acionada hidraulicamente.

Entre os toques adicionais ao design futurista do ‘Pangolina’ estavam as rodas de alumínio, também de fabricação própria, além de uma solução interessante na forma de periscópio que substituía o tradicional espelho retrovisor. Todos esses detalhes se encaixam perfeitamente na descrição do carro dada pelo próprio autor: carro esportivo do tipo Gran Turismo.

Não é à toa que o ‘Pangolina’, montado em 1980, foi um grande sucesso. Apareceu ao lado de seu criador em várias competições soviéticas e até na Feira Internacional do Automóvel EXPO 85 em Plovdiv, na Bulgária. Também figurou em videoclipes de música pop soviética.

Atualmente é exibido no Museu dos Transportes de Moscou.

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