Os 5 piores fabricantes de fuzis AK do mundo

Ciência e Tecnologia
NIKOLAI LITÔVKIN
Especialistas do Consórcio Kalashnikov revelam quais AKs de fabricação estrangeira jamais comprar e por quê.

Em 2021, os fuzis de assalto AK continuam sendo os mais usados no mundo, com mais de 100 milhões de armas vendidas em todo o mundo. Esses fuzis são produzidos não apenas na Rússia, mas também em muitos outros países e nem todos os modelos valem seu tempo e dinheiro.

O Russia Beyond compilou a lista dos piores fuzis AK que podem ser encontrados no mercado de armas ao redor do mundo.

China

“A URSS cedeu os direitos de produção do AK para a China em 1956. As primeiras modificações do fuzil de assalto de fabricação chinesa eram muito boas, mas, com o tempo, a qualidade caiu drasticamente. Por exemplo, alguns fuzis até tinham o cano pendurado dentro do receptor”, diz o diretor do departamento de cooperação técnico-militar do Consórcio Kalashnikov, Vladímir Onokoi.

Gradualmente, as fábricas chinesas começaram a racionalizar a produção e reduzir os custos, o que levou a resultados terríveis. A queda na qualidade acaba sendo justificada pelo preço baixo. Segundo Onokoi, os AKs vendidos no mercado internacional custam em média US$ 400, enquanto o modelo chinês custa apenas US$ 93.

“Os principais problemas dos AKs chineses são a baixa qualidade de fabricação das molas, extratores, mecanismos de segurança, baixa precisão etc. Alguns até dizem que são feitos de papel alumínio mastigado”, diz o franco-atirador Iúri Sinítchkin, que também é engenheiro-chefe da empresa Lobaev Arms (fabricante de fuzis de precisão).

Iraque

“O Iraque obteve os direitos de fabricação de AKs da Iugoslávia, que jamais teve uma licença oficial de produção. Na verdade, os AKs iraquianos são uma cópia pirata de uma cópia pirata”, explica Onokoi.

No início, os fuzis iraquianos não eram tão ruins, mas após a longa guerra com o Irã e a crise econômica, a qualidade decaiu. 

Os fuzis de assalto AK iraquianos não têm cano cromado e, assim, enferrujam rapidamente, apresentam problemas com o tratamento térmico de algumas peças pequenas, o que, por exemplo, leva à quebra das barras de pontaria.

Estados Unidos

Por incrível que pareça, Onokoi afirma que algumas das piores versões de AK do mundo são produzidas no país mais econômico e tecnologicamente avançado do mundo.

“Nos Estados Unidos há muitos produtores de AK, entre eles os melhores e os piores do mundo. O país tem boas pequenas empresas que criam fuzis de assalto AK raros para colecionadores de armas e tem produtores de fuzis AK incrivelmente ruins”, diz Onokoi.

Segundo ele, a pior fabricante nos EUA é a empresa Inter Ordnance, que cria armas com canos tortos, parafusos fracos e montagem ruim. Outro fabricante negligente é a Century Arms.

“Essas armas são chamadas de 2 em 1: são metralhadora e granada de mão. Mas é diferente de uma granada de mão normal porque pode explodir a qualquer momento”, diz Onokoi.

Etiópia

“A produção de AK na Etiópia foi aparentemente lançada por especialistas norte-coreanos. Os fuzis de assalto etíopes têm baixa resistência à corrosão, rebites deformados e plástico de baixa qualidade. Mesmo depois de 60 anos, os fuzis de assalto soviéticos originais têm melhor aparência e desempenho do que suas novas cópias da Etiópia”, garante Onokoi.

Paquistão

Os fuzis AK paquistaneses são considerados os piores do mundo, pois são feitos sobretudo em pequenas aldeias e por ferreiros não profissionais.

De acordo com o especialista do Kalashnikov, essas armas não são capazes atingir alvos a 50 metros de distância, porque suas balas voam em direções imprevisíveis.

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