A vacina russa Sputnik V mostrou ser altamente eficaz no combate e neutralização da variante agressiva do coronavírus descoberta em Manaus, segundo estudo realizado pelo Instituto Dr. Vanella de Virologia da Universidade Nacional de Córdoba (UNC), na Argentina. A pesquisa demonstrou forte resposta imunológica contra a variante nos vacinados com a Sputnik V.
“O estudo realizado na Argentina confirmou a alta eficácia da vacina Sputnik V contra novas cepas e variantes do coronavírus. A Argentina foi o primeiro país da América Latina a começar a vacinar a população com o Sputnik V. Agora vemos que o uso da vacina russa ajuda a proteger a população não só de cepas conhecidas, mas também de novas variantes, incluindo a de Manaus, com forte resposta imunológica gerada após receber apenas uma dose”, declarou Kirill Dmitriev, CEO do Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF).
O estudo avaliou a resposta de anticorpos IgG anti-S e anticorpos neutralizantes (AcNT) em 800 amostras retiradas de 285 voluntários na cidade argentina de Córdoba. As amostras foram coletadas em três momentos diferentes: uma antes da aplicação da vacina; uma amostra após a primeira dose (dia 14); e outra após a segunda (dia 42 a partir da 1ª dose).
Cerca de 85,5% dos indivíduos apresentaram anticorpos IgG para covid-19 no 14º dia após a primeira dose. Esse índice sobe para 99,65% no 42º dia após tomar a segunda dose.
A variante do coronavírus P1, que provavelmente surgiu na capital amazonense em meados de novembro de 2020, se espalhou rapidamente por toda a América Latina.
A Argentina iniciou a imunização em massa contra covid-19 com a vacina russa Sputnik V ainda em dezembro de 2020. Até então, foram imunizadas cerca de 2,41 milhões de pessoas no país, o que responde a 5,4% da população nacional.
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