Delegação da Anvisa visitará produção da vacina Sputnik V na Rússia na próxima quinta (15)

Reuters
Duas instalações serão inspecionadas até o fim do abril. Objetivo é reunir informações necessárias para seguir adiante com pedido para uso emergencial do imunizante no Brasil.

Uma delegação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) irá à Rússia na semana que vem para inspecionar as instalações de produção da vacina Sputnik V.

“Duas instalações serão fiscalizadas. Primeiramente, entre os dias 15 e 21 de abril, três funcionários da Anvisa vão visitar uma fábrica que produz o componente ativo da vacina e o próprio imunizante. Em seguida, entre 19 e 23 de abril, os fiscais visitarão uma empresa responsável pelos ajustes finais e embalagem”, disse a Anvisa em nota divulgada em seu site.

A delegação brasileira estará entre as primeiras agências reguladoras estrangeiras a vistoriar a produção da Sputnik V. Durante a visita, especialistas esperam receber mais informações sobre o ciclo de produção do imunizante, necessárias para posterior análise de seu pedido de uso emergencial e importação ao Brasil, além da produção local da vacina.

Até o momento, a Sputnik V ainda não recebeu aprovação oficial para aplicação no Brasil. A União Química, que representa o Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF) no Brasil, apresentou junto à Anvisa um novo pedido de registro do Sputnik V no dia 26 de março. De acordo com a legislação em vigor, tais pedidos devem ser apreciados em um prazo de sete dias, mas este pode ser prorrogado caso alguns documentos exigidos não sejam apresentados a tempo. No dia seguinte à nova solicitação, a Anvisa suspendeu a revisão por prazo indeterminado, alegando ainda não ter recebido uma parte da documentação necessária.

Esta não é, porém, a primeira vez que a análise de uso emergencial da vacina russa no Brasil foi adiada. O presidente da União Química, Fernando Marques, havia anteriormente acusado a agência de atrasos deliberados em benefício de outros fabricantes de vacinas contra covid-19.

Cabe lembrar que, no início deste mês de abril, a União Química concluiu a produção do primeiro lote experimental do componente ativo da Sputnik V em sua fábrica em Brasília. O material foi enviado para análise na Rússia. 

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