A vacina russa contra covid-19 Sputnik V produziu resultados expressivos contra novas mutações do coronavírus, incluindo variantes do Reino Unido e da África do Sul. A informação foi divulgada por Denis Logunov, vice-diretor do Instituto Gamaleya de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia, que desenvolveu o imunizante russo.
“Um estudo recente realizado pelo Instituto Gamaleya mostrou que a revacinação com a Sputnik V está funcionando muito bem contra novas mutações de coronavírus, incluindo cepas de coronavírus do Reino Unido e da África do Sul”, disse Logunov à agência Reuters.
Os pesquisadores russos acreditam que “vacinas baseadas em vetores são realmente melhores para futuras revacinações do que as vacinas baseadas em outras plataformas”, acrescentou.
Segundo a Reuters, os resultados do ensaio devem ser publicados em breve.
O estudo teria indicado que a revacinação não afetou a eficácia da vacina. “Os anticorpos específicos para os vetores usados na vacina - que poderiam gerar uma reação antivetor e prejudicar a ação do imunizante - diminuíram em 56 dias após a vacinação”, disse Logunov.
A Rússia foi o primeiro país a registrar uma vacina contra o novo coronavírus, em 11 de agosto de 2020. A Sputnik V foi desenvolvida pelo Instituto Gamaleya de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia, que pertence ao Ministério da Saúde da Rússia. Assim como os demais disponíveis, o imunizante russo é administrado em duas doses.