Exército russo inicia testes de novos projéteis antidrones

2S38 Derivatsiya-PVO.

2S38 Derivatsiya-PVO.

Vitaly V. Kuzmin/vitalykuzmin.net
Munições guiadas criadas exclusivamente para sistemas de artilharia modernos poderão eliminar alvos a baixas altitudes e “cegar” tanques modernos.

Até 2022, os militares russos receberão novas munições multifuncionais para o complexo de artilharia antiaérea "Derivatsia", segundo a assessoria de imprensa da UralVagonZavod (UVZ), maior fábrica estatal russa de veículos blindados e tanques.

O sistema antiaéreo autopropelido "Derivatisia" é baseado no chassi do veículo de infantaria BMP-3 e equipado com um módulo de canhão automático de 57 mm. A arma pode disparar munições com detonação remota, algo especialmente eficaz contra alvos aéreos que voam a baixas altitudes.

Os novos projéteis multifuncionais, entre eles perfurantes, de subcalibre e guiados, facilitarão a eliminação de drones, segundo os engenheiros.

 “O calibre máximo que pode ser instalado em sistemas de controle eletrônico de unidades de artilharia é de 57 milímetros. Se levarmos em consideração a densidade e a precisão do "Derivátisia", podemos afirmar que os novos projéteis guiados aumentarão drasticamente seu poder de fogo”, disse uma fonte no complexo industrial militar que não quis ser identificada.

 Segundo a fonte, os novos projéteis guiados serão uma ameaça não apenas para drones e mísseis, mas também para tanques de batalha.

“Os projéteis de calibre de 57mm podem cegar os sistemas eletrônicos dos tanques blindados e torná-los vulneráveis contra outros sistemas de armas russos”, disse.

Segundo a fonte, devido a sistemas de orientação e reconhecimento optoeletrônicos e sistemas modernos de controle de fogo, o "Derivátsia" não precisa de uma estação de radar que oculte sua posição.

“Além disso, os visores térmicos podem localizar alvos em todas as condições climáticas, sem revelar sua posição”, concluiu o especialista.

Caraterísticas técnicas

Baseado no veículo de combate de infantaria BPM-3 com módulo automático autopropulsado AU-220M, o sistema poderá fazer até 120 disparos por segundo com conchas de artilharia de grande calibre. Assim, o "Derivátsia" pode disparar um fluxo contínuo de projéteis e detoná-los instantaneamente, após o que a nuvem de fragmentos elimina todos os alvos voadores.

O alcance do Derivatsia é desconhecido, mas, segundo especialistas militares, é equiparável ao dos mísseis anti-tanque guiados a laser UMTAS, da Otan, ou ao das bombas aéreas Roketsan MAM-C e MAM-L, usadas pela Força Aérea da Turquia.

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