O Ministério da Saúde do Brasil pretende adquirir 30 milhões de doses da vacina russa Sputnik V e da indiana Covaxin para usá-las no programa nacional de imunização, de acordo com um comunicado divulgado pela pasta na noite de quarta-feira (3).
“A decisão de continuar as negociações foi tomada após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária [Anvisa] aprovar um novo protocolo segundo o qual o processo de emissão de autorização para uso temporário de emergência de vacinas (...) é acelerado, a obrigatoriedade de conduzir a Fase 3 de ensaios clínicos foi retirada”, lê-se no documento.
Segundo a assessoria de imprensa do ministério, as autoridades de Saúde brasileiras se encontrarão nesta sexta-feira (5) com representantes do Centro Nacional de Pesquisa Gamaleya, que desenvolveu o Sputnik V, e do Bharat Biotech, responsável pela o Covaxin, para conduzir as negociações de compra dos imunizantes. A previsão é que durante as reuniões sejam discutidos os cronogramas de entrega e o custo das vacinas.
No início da quarta-feira, a Agência Reguladora de Saúde do Brasil anunciou que retirou a condição sobre a necessidade de conduzir no Brasil os ensaios clínicos de Fase Três para vacinas contra o coronavírus, que costumavam ser obrigatórias, a fim de receber permissão do regulador para uso de emergência temporária durante uma situação de emergência.
O Instituto Gamaleya já havia anunciado que, caso o acordo seja selado, o laboratório russo se prontificaria a entregar 10 milhões de dose da vacina entre fevereiro e março.
Além disso, o imunizante russo poderá ser produzido em território nacional por meio da parceria com o laboratório União Química. A ideia é que, a partir de abril, o Brasil produza mensalmente o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) e 8 milhões de doses da Sputnik V.
Na semana passada, o secretário executivo do Ministério da Saúde brasileiro, Élcio Franco, havia destacado, em nota à União Química e ao RDIF, o “grande interesse” da pasta em adquirir a vacina russa Sputnik V e que o órgão estaria disposto “a formalizar tratativas comerciais (...) para a eventual aquisição de lotes do imunizante, de forma a aumentar o mais brevemente possível a oferta de imunizantes à população brasileira”.
No início da quarta-feira, a Anvisa anunciou que havia suspendido a exigência de conduzir no Brasil os ensaios clínicos de Fase Três para vacinas contra o coronavírus, que costumavam ser obrigatórios. Desde então, a agência reguladora pode conceder permissão para uso temporário de determinado insumo durante situações de emergência, como a atual pandemia.
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