O governo da Argentina assinou um acordo com a Rússia para o fornecimento da vacina russa contra o coronavírus, a Sputnik V. A informação foi anunciada pelo presidente argentino Alberto Fernández.
Segundo o jornal argentino Clarín, Fernández declarou que, até o final de 2021, a Argentina receberá 600 mil doses da vacina, o que permitirá vacinar 300 mil pessoas. Outros 20 milhões de doses da vacina russa serão entregues à Argentina entre janeiro e fevereiro de 2021, segundo o jornal estatal russo Rossiyskaya Gazeta.
De acordo com Fernández, Buenos Aires assinou contratos de importação de diferentes tipos de vacinas, mas as outras ainda não receberam a aprovação da agência reguladora nacional de drogas. Devido à logística complicada, os prazos da entrega das outras vacinas são desconhecidos e, assim, segundo o presidente, é crucial obter a vacina que já está em uso.
Fernández também anunciou que, nesta semana, especialistas argentinos pretendem visitar a Rússia "para tirar todas as dúvidas sobre as condições de produção e a qualidade da vacina".
"Quero expressar minha gratidão à Federação da Rússia pela rapidez com que conseguimos concluir este acordo, especialmente ao presidente Vladímir Putin, que se comprometeu pessoalmente a ajudar na questão. Isso nos permite receber o acesso à vacina ao mesmo tempo que o resto do mundo", disse Fernandez.
Na Argentina a vacina deve ser aplicada em turnos, como no Brasil, sendo destinada primeiramente a grupos de alto risco, como médicos, pessoal de segurança e idosos.
Segundo o jornal Clarín, a Argentina também pretende comprar as vacinas desenvolvidas pelos laboratórios AstraZeneca e Pfizer. A primeira estará disponível em março. Devido às rigorosas regras de transporte e armazenamento da vacina da Pfizer, o país poderá adquirir apenas 750 mil doses.
LEIA TAMBÉM: Vacina russa tem eficácia superior a 95% comprovada em nova análise