6 curiosidades sobre os helicópteros Mi-24 na América Latina

Ciência e Tecnologia
JAKOB OREKHOV
Apelidadas de "tanques voadores" pelos pilotos, as aeronaves são utilizadas por cinco países latino-americanos. Em Cuba, Peru e Nicarágua, elas já até participaram de operações militares.

O Mi-24 é um helicóptero de grande porte produzido pela fábrica Mil, na capital russa, desde o início dos anos 1970. O Mi-24 tem muitas modificações, entre elas, as versões para exportação Mi-25 e Mi-35.

1. As aeronaves Mi-25 foram utilizadas pelo Exército da Nicarágua durante a Guerra Civil, na década de 1980. Elas participaram de ataques contra as tropas de grupos insurgentes de oposição "Contras" e interceptaram aviões leves. Dois Mi-25 foram abatidos por mísseis Stinger americanos usados pelos guerrilheiros e uma terceira aeronave foi danificada por aviões F-86 Sabre e A-37 de Honduras.

2. A URSS entregou 12 helicópteros Mi-25D ao Peru entre 1983 e 1985. Eles foram usados contra a organização de inspiração maoísta Sendero Luminoso no final dos anos 1980 e durante a guerra do Cenepa contra o Equador. Neste último conflito, um Mi-25D foi abatido por mísseis Igla 9K38, também de fabricação soviética.

3. A Força Aérea cubana foi a única latino-americana a utilizar esta aeronave em guerras além de suas fronteiras. Na Guerra de Ogaden (1977-1978), seis helicópteros de ataque Mi-24 cubanos apoiaram as forças da Etiópia contra o exército da Somália, apoiado pelos Estados Unidos. Helicópteros de fabricação soviética participaram de batalhas por Jijiga (capital da região de Ogaden), que começaram em 22 de janeiro de 1978 e terminaram em 9 de março de 1978. Quatro dias depois, todas as forças somalis deixaram o território etíope, terminando assim a guerra.

4. Um Mi-35, a versão modernizada do Mi-24, é usado até hoje pelo exército da Venezuela, onde foi batizado de "Caribe".

5. A Força Aérea do Brasil tem 12 aeronaves Mi-35M adquiridas em dezembro de 2008. As 3 primeiras foram entregues em abril de 2010. A empresa russa Rosoboronexport venceu uma licitação para fornecimento de helicópteros de ataque para a FAB (Força Aérea Brasileira) em uma concorrência internacional em que o modelo Mi-35 desbancou o italiano A-129 Mangusta, da Agusta, e o europeu EC665 Tiger, da Eurocopter. Os modelos Mi-35 Hind, ou AH-2 Sabre (como são chamados pelos brasileiros), foram os primeiros helicópteros de ataque especiais incorporados à Força Aérea Brasileira.

6. Em maio passado, a agência de notícias russa Sputnik informou que, segundo o consórcio Helicópteros da Rússia, a Argentina também pretende adquirir Mi-35M russos. O prazo e os detalhes do possível contrato, porém, são desconhecidos.

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