Voluntário espanhol torna-se o primeiro estrangeiro a testar vacina Sputnik V

Ciência e Tecnologia
IGOR ROZIN
Morador de Moscou, homem de 45 anos diz não apresentar efeitos colaterais. Esta é a terceira e última fase de testes antes de inoculação em massa na Rússia.

No domingo passado (27), o espanhol Carlos Moraga, de 45 anos, que vive e trabalha em Moscou há uma década, foi um dos milhares de voluntários que receberam a vacina russa Sputnik V contra o novo coronavírus.

“Era algo sobre o qual eu estava decidido muito antes de ter a chance de fazê-lo. Quero voltar a uma vida normal e para mim o caminho mais rápido foi esse e eu tinha que aproveitar”, disse Calos ao canal RT, onde trabalha.

“Sabendo dos possíveis riscos e dos possíveis benefícios da aplicação da vacina, o que não entendo é por que alguém não participa. Não consigo entender”, acrescentou.

Moraga está sob acompanhamento diário e garante que não apresentou efeitos colaterais desde domingo, quando recebeu a vacina.

Para participar do testes clínicos, foi preciso atestar a inexistência de alergias, doenças crônicas e que ainda não tivesse sido infectado pelo novo coronavírus.

O processo dura 180 dias no total e nestes primeiros dias é recomendado não fazer exercícios físicos intensos e beber com moderação. Como se trata de ensaios clínicos, é possível também que Carlos tenha recebido um placebo.

A vacina russa registrada em outubro está na terceira fase de testes. Por enquanto, 40.000 voluntários estão sendo inoculados. A segunda dose será administrada dentro de três semanas caso o indivíduo apresente anticorpos.

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