A Rússia registrou 8.232 novos casos de coronavírus nas últimas 24 horas, totalizando 1.167.805 desde o início da pandemia. De acordo com os dados do Centro de Controle do Coronavírus, a taxa de crescimento por dia é de 0,7%. Do total, Moscou responde por 2.300 novos casos, o maior aumento diário desde 31 de maio.
Nesta segunda-feira (28), o presidente russo Vladimir Putin reiterou que a batalha contra o coronavírus na Rússia ainda está em andamento e exortou às pessoas que se mantenham em alerta e observem as medidas de segurança.
“A luta contra a epidemia está longe de acabar, ela continua”, declarou Putin em um discurso de abertura de sessão do Conselho de Estado. “Os riscos permanecem, queridos amigos. Quero pedir-lhes que mantenham isso em mente e mostrem a máxima responsabilidade por vocês e por aqueles que estão perto de vocês”, frisou.
Putin também pediu aos russos que acatassem todas as recomendações de médicos e especialistas, embora hoje saiba-se muito mais sobre o vírus do que meses atrás. “Porém, o resultado de nossos esforços comuns no combate à propagação da infecção agora depende de cada um de nós, para que possamos evitar (...) as restrições que vimos na primavera”, acrescentou o presidente.
Segunda onda e vacina
Apesar do crescente número de casos de coronavírus, o principal especialista em doenças infecciosas do Ministério da Saúde russo, Vladimir Tchulanov, descarta a repetição do pico de incidência registrado na Rússia em maio.
“Com toda a probabilidade, haverá um pico [de incidência], mas não teremos o pico que foi observado, por exemplo, no início de maio. Agora temos o aumento esperado na incidência por motivos compreensíveis”, disse Tchulanov à Tass.
“Atualmente está sendo observado um aumento na incidência, (...) este é um fenômeno esperado. No outono [russo], após o período de férias, com a formação de novos grupos de trabalho, grupos educacionais, grupos de alunos, haverá aumento na incidência, porque a frequência dos contatos sociais aumenta. Além disso, (...) no final de setembro e início de outubro, uma nova estação epidêmica de infecções respiratórias terá início, o que (...) também contribui para uma disseminação mais intensa do vírus. A incidência vai continuar crescendo por algum tempo”, explicou.
Paralelamente, acredita-se que a imunização em massa com a vacina russa Sputnik V possa começar no país já no final de outubro.
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“A terceira fase dos testes da vacina está programada para terminar no final de outubro. A vacinação em massa começará assim que a terceira fase terminar. Espero que seja bem-sucedida”, disse Fiódor Lisitsin, do Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, em entrevista ao canal de TV Rossiya-24.
Segundo Lisitsin, a produção da vacina será distribuída em três ou quatro locais e contará com parceiros estrangeiros. “As empresas farmacêuticas da Índia são capazes de fabricar sozinhas vacina suficiente para literalmente metade do planeta, se trabalharem em sua capacidade total”, afirmou o cientista.
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