Rússia revela exoesqueleto para novo kit de combate Rátnik

Ciência e Tecnologia
NIKOLAI LITÔVKIN
Equipamento aumentará significativamente poder físico de soldados e permitirá que eles transportem até 80 quilos de carga adicionais.

Os engenheiros da Universidade Estatal de Moscou apresentaram dois novos tipos de exoesqueletos para o kit de combate Rátnik (do russo, “Guerreiro”) que ajudam o usuário a se mover mais rápido, superar obstáculos de altura e distância, bem como levantar ou arrastar cargas mais pesadas do que a capacidade de um soldado comum.

O exoesqueleto passivo, sem motores que melhorem as articulações humanas, permite facilmente transportar cargas de até 100 quilos nas costas em áreas urbanas.

Também foi criado um exoesqueleto semi-ativo para reduzir a carga sobre as articulações e aliviar a pressão nas costas – mas este possui motores adicionais que são fixados ao redor das articulações para aliviar a pressão nos joelhos e pés, algo especialmente útil em áreas rurais ou montanhosas.

"Hoje os exoesqueletos só têm motores que permitem andar mais rápido e transportar uma carga pesada sem senti-la. Mas é possível que, no futuro, sejam adicionadas armas de fogo aos exoesqueletos", diz o chefe do laboratório do Instituto de Mecânica da Universidade Estatal de Moscou, Vladímir Butanov.

Segundo especialistas militares, o novo exoesqueleto para o kit de combate Rátnik usado pelo exército será semi-ativo. O equipamento é ligado ao corpo humano nas costas, joelhos e pés e protege os músculos e articulações de lesões.

"Todos sabem como é difícil subir escadas até o décimo andar com sacos cheios de alimentos e outras coisas. Imagine como é difícil para os soldados, com fuzis e equipamentos de 60 quilos, atravessar montanhas inteiras. Os exoesqueletos facilitam esse tipo de tarefa", diz Butanov.

Segundo ele, equipamentos de proteção adicional, como, por exemplo, escudos à prova de balas, podem ser adicionados à parte superior de um exoesqueleto passivo.

"Esse protótipo não aumenta as capacidades físicas, mas serve como um sistema de defesa passiva ao redor do corpo", diz Butanov.

De acordo com os cientistas, o desenvolvimento da tecnologia levará pelos menos mais alguns anos, mas ainda não se sabe quando os soldados russos receberão os primeiros exoesqueletos.

O kit de combate Rátnik é um sistema modular composto por dez subsistemas que podem ser modificados de acordo com a situação de combate, condições climáticas e outros fatores. Ele é composto por mais de 40 itens, incluindo armas pequenas, capacetes, armaduras corporais, meios de comunicação e equipamentos de navegação Glonass.

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