Rússia começará a exportar pistola PLK em 2021

Pável Kuzmitchev
Arma deve substituir, já nos próximos meses, as pistolas Makarov no exército e na polícia do país.

Durante a feira internacional militar Army-2020, realizada na região de Moscou, a Kalashnikov, maior fábrica de armas da Rússia, revelou a nova pistola PLK, que já está em fase de testes no exército.

Caso os testes tenham êxito, a pistola será a principal arma do exército russo e da Rosgvardia, a guarda nacional do país.  

Em 2021, a PLK também estará disponível em redes de revendedores estrangeiros que trabalham em cooperação com a Kalashnikov.

"Neste ano, a PLK começará a ser usada na Rússia. Após isso, lançaremos a produção das versões civil e para exportação. Diferentemente da versão para exército, elas terão outro passo de cortes do cano e um número reduzido de balas no carregador", explica o diretor de desenvolvimento de armas de pequeno porte civis da Kalashnikov, Valentin Vlásenko.

O cano da PLK fica localizado o mais baixo possível, assim como nas pistolas esportivas. Seu engenheiro-chefe, Dmítri Lêbedev, que praticou tiro esportivo, fez isso para reduzir o recuo.

A pistola recebeu alavancas de controle macias e gatilho com sensibilidade variável.

É possível instalar um silenciador no cano da PLK, que tem 120 milímetros. O comprimento total da pistola é de 207 milímetros e seu carregador tem 16 balas 9x19 Parabellum.

"O alcance efetivo é de até 100 metros. Oferecemos garantia de pelo menos 40 mil tiros", disse Vlásenko.

De acordo com uma fonte no complexo militar-industrial, o preço de produção da PLK será por volta de US$ 700. O preço final no exterior, porém, é desconhecido.

"Na Europa, será possível comprar essa arma através de uma rede de revendedores que coopera com a Kalashnikov. A lista de parceiros ainda não está definida, assim, o preço final é desconhecido", disse Vlásenko.

Segundo especialistas, os preços serão diferentes em cada país e dependerão dos impostos, direitos alfandegários, e de quanto o revendedor desejará receber pela exclusividade.

"Por exemplo, uma [carabina] Saiga na Rússia custa US$ 600, mas, na Europa, os preços chegam a US$ 1.650. Um Tigr [versão civil do fuzil de precisão SVD] custa US$ 700 na Rússia e US$ 3.100 na Europa", explica Vlásenko. Segundo ele, apesar da alta margem dos vendedores, a demanda pelo Tigr na Europa ainda é muito alta.

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