Top 5 aeronaves MiG

Ciência e Tecnologia
BORIS EGOROV
No último domingo (8), a Corporação de Aviões Russos MiG completou 80 anos. Para celebrar, o Russia Beyond compila uma lista dos cinco melhores aviões da marca.

1. MiG-15

Um dos melhores caças projetados pela marca foi o MiG-15, conhecido como o vovô da aviação soviética. Com quase 18 mil modelos desta aeronaves espalhados pelo mundo, ela continua a ser o caça mais fabricado da história.

Projetado logo após o final da Segunda Guerra Mundial, ele foi um sucesso na Guerra da Coreia. Os MiG-15 lidavam facilmente com os lentos caças norte-americanos F-80 e perseguiam os bombardeiros do inimigo, motivo pelo qual os norte-americanos tiver que enviar a toque de caixa seus então recém-lançados F-88 Sabre para o Extremo Oriente.

O MiG-15 é responsável por um dos capítulos mais sombrios da história da Força Aérea dos Estados Unidos, conhecido como "Black Thursday": em 23 de outubro de 1951, pilotos soviéticos derrubaram oito bombardeiros estratégicos B-29A Superfortress e dois caças F-84, perdendo apenas um avião durante o ataque.  

2. MiG-21


Outro êxito da marca foi o supersônico mais difundido do mundo: o MiG-21. Apesar de sua fabricação em série ter sido iniciada há mais de meio século, a aeronave continua a ser produzida na China.

No total, 11.496 aviões desse tipo foram construídos em países diversos.

Uma característica distintiva do MiG-21 é seu baixo custo: sua versão para exportação era mais barata que um veículo de combate de infantaria BMP-1.

Na Otan, o MiG-21 ganhou o estranho nome de “Fishbed”, em alusão à camada geológica rica em fósseis de peixe. Já os pilotos soviéticos chamavam-no de “balalaika” (um tradicional instrumento de cordas russo), devido a suas asas triangulares.

O MiG-21 também causou furor nas batalhas do Vietnã. Esse pequeno e manobrável caça se tornou um adversário de peso contra os “Phantoms” norte-americanos de segunda geração. Os EUA chegaram até mesmo a desenvolver uma tática especial de combate aéreo contra eles. Mas os pilotos vietnamitas se mantiveram fieis às táticas soviéticas: posicionando-se como alvos a baixas altitudes, eles conseguiam ficar atrás dos aviões norte-americanos, que atacavam com mísseis guiados e regressavam à base. 

3. MiG-25

Esse interceptor supersônico foi projetado como resposta ao bombardeiro a jato B-58 dos EUA, que podia romper a defesa antiaérea soviética e levar bombas nucleares.

A criação de um interceptor soviético que podia atingir a velocidade de 3.000 km/h foi uma desagradável surpresa para a Força Aérea dos Estados Unidos. Em consequência, o Congresso dos EUA realizou uma sessão extraordinária, onde se decidiu acelerar os trabalhos de criação dos aviões de combate F-14 e F-15.

Em setembro de 1976, o tenente-sênior Víktor Belenko desertou para o Japão a bordo dessa aeronave. O interceptor foi desmontado e estudado por especialistas norte-americanos e, depois, devolvido à URSS. Após o incidente, o governo soviético mandou substituir todos os equipamentos eletrônicos de todos os MiG-25.

4. MiG-31

 O MiG-31 foi o primeiro avião do mundo equipado com uma estação de radar com antenas que funcionavam em fases e permitiam detectar alvos aéreos a 320 quilômetros de distância.

Seu sistema eletrônico de bordo monitora 24 objetos, acompanha 10 deles, seleciona os quatro mais importantes e pode direcionar a eles mísseis ar-ar de longo alcance. Quatro MiG-31 são capazes de patrulhar o espaço aéreo de uma frente com 800 ou 900 quilômetros.

No final dos anos 1980, um grupo de MiG-31 conseguiu impedir efetivamente o avião de reconhecimento norte-americano SR-71 Blackbird que rondava as fronteiras soviéticas.

Hoje, o interceptor opera na Síria, onde acompanha bombardeiros e ajuda a localizar  alvos para ataques aéreos.

5. MiG-29

A versão atualizada do MiG-29 é o principal caça da Força Aérea da Rússia e, paralelamente, um verdadeiro laboratório voador para testar novas tecnologias. Ele está equipado com motores de empuxo vetorial, o que dá ao aparelho novas capacidades de manobra. 

Esse avião opera hoje em 28 países e pode ser encontrado até  mesmo nas bases aéreas dos EUA - em 1997, a Moldávia vendeu 21 desses aviões aos americanos.

Nas últimas modificações, a aeronave recebeu um sistema eletrônico de bordo de última geração, tanques de combustível extras e equipamento para reabastecimento de combustível em voo.

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