Até 2025, o primeiro grupo de robôs multifuncionais será entregue às Forças Armadas da Rússia, de acordo com informações de uma fonte no complexo industrial militar, que preferiu não ser identificada.
Marker
Os primeiros robôs serão construídos com a base da plataforma "Marker", que parece uma cópia, em versão menor, de um veículo de combate de infantaria.
O primeiro destacamento de "tanques não tripulados" será composto por cinco veículos ligados entre si por inteligência artificial, mas cada robô realizará tarefas específicas.
Plataforma "Marker"
Ivan Suraev/Sputnik"Por exemplo, alguns dos veículos vão desempenhar o papel de um artilheiro que rastreia alvos e elabora planos de ataque, enquanto outros serão responsáveis pelo abastecimento com gasolina e pela manutenção dos robôs”, explica o editor-chefe da revista Arsenal Otétchestva, Víktor Murakhôvski.
Os robôs de combate serão equipados com lançadores de granadas de calibre de 120 mm para destruir inimigos em trincheiras ou em equipamentos blindados leves em terreno aberto.
Segundo a fonte, todas as operações dos robôs serão realizadas com apoio dos pequenos drones equipados com granadas e bombas não guiadas.
Uran-9
O segundo veículo robótico não tripulado é o “Uran-9”, que já está em serviço e participou da operação militar contra terroristas na Síria.
Serve para apoiar a infantaria, realizar missões de reconhecimento e proteger instalações militares. Graças aos seus sistemas de mísseis “Ataka” e “Iglá”, pode destruir aviões que voam a baixa altitude e veículos blindados ligeiros.
Além disso, o “Uran-9” é equipado com um canhão automático 2A72 de calibre de 30 mm e com uma metralhadora de calibre de 7,62 mm. A velocidade dessas armas é de 350-400 tiros por minuto.
No entanto, nem todos os especialistas estão otimistas sobre robôs no campo de batalha.
Deficiências
"O principal problema de todos os sistemas robóticos é a necessidade de controle-remoto. Os robôs não podem tomar decisões sobre de abrir fogo, assim, no caso de problemas com a conexão com os satélites, o veículo será perdido", explica o analista militar do jornal Izvêstia, Dmítri Safonov.
Segundo ele, no momento os engenheiros estão testando a vulnerabilidade dos robôs em situações de guerra eletrônica, que podem desligar os veículos durante a batalha.
Além disso, de acordo com Safonov, os sistemas de combate dos primeiros robôs não podem ser comparados em termos de potência de ataque com tanques ou veículos de combate de infantaria.
"Esses veículos não decidem o resultado das batalhas e não podem influenciar a guerra moderna. Hoje, um robô pode salvar vidas de militares, mas o fator humano ainda continua a determinar o resultado de uma guerra. O homem permanecerá no campo de batalha ainda por várias décadas", completou.
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