O MBR-2, projetado por Gueôrgui Mikhailovitch Bériev, estreou nos ares em 1931, propulsado por um motor BMW VI.Z importado de 373 kW. Os modelos de produção, que surgiram em 1934, usavam uma versão licenciada do Mikulin M-17, de 508 kW, e o avião podia ser equipado com roda fixa ou trem de pouso de esqui.
Uma ‘vaca’ na 2ª Guerra
A eclosão da Segunda Guerra Mundial acelerou o desenvolvimento de uma nova versão dessa máquina, o MBR-2bis, que era alimentado por um motor AM-34NB de 642 kW, em vez do Mikulin anterior. Seu raio de ação aumentou de 960 km para 1.400 km, com o intuito de realizar reconhecimentos marítimos nas águas dos mares Báltico e Negro, bem como ao longo da costa ártica setentrional.
Em 1942, foram entregues cerca de 1.500 aviões, transformando o MP-2a no avião de curto alcance mais utilizado durante os três primeiros anos do conflito.
A sua principal tarefa, além de bombardeiros noturnos, era de resgate de aéreo marítimo – graças a esses modelos, mais de um piloto soviético abatido conseguiu sobreviver e voltar para o combate nos céus. É por isso que, apesar do armamento (2 metralhadoras de 7,7 mm) e desempenho fracos, o que fazia dele um alvo fácil para os caças da Luftwaffer, o Bériev MBR-2 continua merecendo respeito.
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