Fundada em 1937, antes da Segunda Guerra Mundial, a Associação de Pesquisa e Produção Lavotchkin foi responsável pelo desenvolvimento de caças modernos para o então futuro conflito na Europa e triunfou com a criação do modelo La-7.
Já após a Segunda Guerra Mundial, porém, a Lavotchkin perdeu muitas das encomendas do governo para escritórios de engenharia de aeronaves rivais e, na década de 1960, mudou de foco, passando a se concentrar na construção de naves espaciais.
1. La-5FN
O La-5 foi elogiado por sua alta manobrabilidade, mas também tinha grandes desvantagens. Com uma velocidade inferior a 210 km/h, a aeronave frequentemente entrava em uma queda em caracol. Segundo o piloto e escritor Anatóli Markusha, “os pilotos sofriam com um calor ‘dos desertos' dentro do avião”.
Foi em um La-5 que o melhor piloto da Segunda Guerra Mundial, Ivan Kojedub, iniciou sua lista de 62 aviões inimigos abatidos. Em 6 de julho de 1943, durante a Batalha de Kursk, ele derrubou um bombardeiro alemão Ju-87.
Os primeiros caças La-5 eram tecnicamente inferiores ao Messerschmitt Bf 109 e ao Focke-Wulf Fw 190. No entanto, o modernizado La-5FN superou os aviões alemães em muitas caraterísticas técnicas, especialmente na taxa de subida.
Os projetistas de aviões alemães também não perdiam tempo, e a União Soviética logo percebeu que era preciso desenvolver um novo caça, ainda mais poderoso do que o La-5FN.
2. La-7
O caça La-7 substituiu seu antecessor La-5FN. Os primeiros testes de combate do melhor avião de ataque soviético da Segunda Guerra Mundial começaram em setembro de 1944, em Riga – hoje, no território da Letônia. Durante um mês de batalhas aéreas, os La-7 destruíram 55 aviões inimigos, perdendo apenas 4 caças soviéticos.
Exteriormente, o La-7 parecia com o La-5FN, mas superava seu antecessor e a maioria dos aviões alemães em termos de velocidade, taxa de subida e teto.
O La-7 também foi o primeiro avião soviético a derrubar um avião a jato. Em fevereiro de 1945, o piloto soviético Ivan Kojedub abateu o caça-bombardeiro a jato alemão Me-262 em uma batalha sobre o Rio Oder.
3. La-15
No final da década de 1940, as fábricas soviéticos começaram a competir pelo posto de principal fornecedor de caças a jato para as Forças Aéreas Soviéticas. O La-15 e o MiG-15 venceram a competição.
Embora as duas aeronaves tenham entrado em linha de montagem, o governo soviético decidiu que a fabricação de dois caças a jato idênticos era desnecessária para a indústria.
As características de voo do La-15 eram ligeiramente melhores que as do MiG-15, mas a produção em série do MiG era mais suave. Stálin decidiu pessoalmente optar pelo MiG e não admitiu quaisquer argumentos contra a escolha.
Com mais de 15.000 aeronaves construídas, o MiG-15 tornou-se o caça a jato mais produzido em todo o mundo. A produção do La-15 foi interrompida em 1954. Apenas 235 aeronaves desse tipo foram construídas e, posteriormente, enviadas para bases de testes nucleares para servir como alvos.
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