Os submarinos nucleares de quarta gerão “Iássen” e “Borei” serão equipados com novos motores, segundo a corporação estatal de energia nuclear da Rússia Rosatom.
Segundo o relatório anual da empresa, em 2017 ela finalizou testes da nova “zona ativa” dos reatores nucleares que realiza reação em cadeia controlada.
A principal vantagem do novo motor é a maior autonomia que este rende ao veículo.
Hoje, todos os submarinos nucleares precisam ser recarregados a cada 5 ou 10 anos. Para isso, os especialistas desmontam o submarino, retiram o motor nuclear, colocam-no em um contêiner de chumbo, trocam o combustível nuclear usado e substituem o reator nuclear.
Este processo leva pelo menos um mês e tem um alto custo. Segundo especialistas, o novo motor poderá funcionar por um período quase ilimitado.
As caraterísticas técnicas do novo motor da Rosatom permanecem em segredo, mas, segundo especialistas militares, os submarinos receberão o mesmo reator de um nova míssil nuclear, anunciado pelo presidente russo, Vladímir Putin, em março.
"O alcance [do voo] não é limitado, e assim o míssil pode realizar manobras sem limite de tempo. Ainda não existem armas deste tipo no mundo", declarou Putin em seu discurso anual ao parlamento em março de 2018.
Segundo o especialista em assuntos militares do jornal russo Izvêstia, Dmítri Safonov, o novo míssil do qual o presidente falou é externamente parecido com o míssil nuclear russo X-101 e o míssil norte-americano "Tomahawk".
"No entanto, do ponto de vista técnico, a nova arma é diferente. O míssil tem um pequeno gerador nuclear superpotente que aumenta muito o alcance do voo", disse.
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