Na última sexta-feira (23), o Ministério da Defesa da Rússia publicou no site da pasta os resultados de uma votação popular para escolher os nomes de seus novos sistemas de armas. As designações foram apresentadas por Vladimir Putin pouco antes das eleições nas quais ele foi reeleito para o cargo de presidente.
Burevestnik
Um novo míssil hipersônico com motor nuclear que permite realizar voo quase sem limite de tempo recebeu o nome de “Burevestnik” (”albatroz”, em português), Entre os eleitores, 34% se expressaram a favor desta denominação.
"O novo míssil (…) pode ignorar as linhas de intercessão, além de ser invencível contra os sistemas de defesa antimíssil e antiaéreo. Ninguém no mundo tem algo equiparável até o momento. É uma novidade fantástica!", declarou Putin.
"Como o alcance [do voo] não é limitado, o míssil pode realizar manobras sem limite de tempo. Armas deste tipo ainda não existem no mundo", disse.
O novo míssil é tem sua aparência externa similar à do míssil nuclear russo X-101 e à do norte-americano "Tomahawk", segundo o especialista militar do jornal Izvêstia, Dmítri Safonov,.
"Mas, do ponto de vista técnico, a nova arma é diferente. O míssil tem um pequeno gerador nuclear superpotente que aumenta muito o alcance do voo ", explica.
Poseidon
O novo drone submarino não tripulado com motor nuclear recebeu o nome de Poseidon, o deus grego do mar. A denominação foi escolhida por 36,93% das pessoas que participaram da votação.
Segundo o presidente russo, o equipamento silencioso poderá se mover em direção a alvos no fundo do oceano.
“Ele pode navegar a uma profundidade significativa e transpor distâncias intercontinentais a uma velocidade que excede a dos submarinos, dos torpedos mais modernos e de todos os tipos de navios”, declarou Putin.
Segundo especialistas militares, o Poseidon é resultado do trabalho conduzido no projeto “Status-6”, que desenvolve armas submarinas de destruição em massa.
“Supõe-se que ele seja o uma versão desenvolvida do projeto soviético de robô submarino que poderia instalar uma bomba de cobalto. Sua explosão criaria um tsunami que poderia destruir cidades inteiras”, diz o especialista militar da agência Tass, Víktor Litôvkin.
Segundo ele, as consequências da explosão de uma bomba de cobalto são semelhantes às de uma ogiva nuclear: centenas de quilômetros quadrados de terra se tornam radioativas.
Peresvet
O novo sistema de laser recebeu o nome Peresvet, em homenagem ao lendário monge guerreiro russo Aleksandr Peresvet, que participou, em 1380, da batalha de Kulikovo contra a Horda de Ouro, a primeira vitória militar da Rússia sobre o exército mongol.
Nem o presidente, nem os especialistas militares divulgaram as caraterísticas e possibilidades do sistema.
“As Forças Armadas russas começaram a receber sistemas de laser no ano passado. Não quero revelar detalhes agora, não é a hora certa. Mas os especialistas entenderão que esses sistemas de combate expandem muito o potencial de segurança da Rússia”, completou Putin.
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