O primeiro lote de submetralhadoras Kalashnikov saiu da linha de produção em 1948, antes de ser submetido a rigorosos testes militares.
A nova arma, apelidada de AK-47, foi o primeiro rifle semiautomático e totalmente automático do país equipado com poderoso cartucho de 7,62x39mm. Cada rifle tinha 30 balas e podia efetivamente atingir alvos até 300 metros de distância. Uma das principais características da arma era sua confiabilidade, sendo capaz de operar debaixo de fortes chuvas e tempestades de poeira, e em temperaturas de -40℃ a 60℃.
O modelo foi, inclusive, copiado por um Estado-membro da Otan. Em meados dos anos 1950, um engenheiro dinamarquês criou o rifle automático leve Madsen (M47).
AK europeu
Essa arma europeia foi baseada no design do AK-47, com sua recarga a gás e ferrolho giratório. No entanto, como o fuzil apareceu muito tarde no mercado de armas de fogo, acabou perdendo espaço para os concorrentes que criaram armas mais baratas e confiáveis, como o belga FN FAL e o alemão Heckler & Koch G3.
AK Chinês
Em meados da década de 1950, até mesmo o Exército chinês começou a usar AKs. Entretanto, os fabricantes locais criaram sua própria versão do AK-47, que ainda pode ser encontrada em mercados de armas por todo o mundo.
AK-74
Após 30 anos do lançamento original, o Exército soviético precisava de uma nova arma que transformasse a série AK-47. Os fabricantes decidiram mudar o cartucho e criaram um rifle com munição de 5,45x39mm.
A nova arma foi usada pela primeira vez durante a Guerra do Afeganistão, de 1979 a 1989 – e, de acordo com o livro “The Gun” (“A Arma”), de C.J. Chivers, a CIA ofereceu uma recompensa de US$ 5.000 para quem capturasse uma dessas armas.
AK-100
No início dos anos 1990, a série Kalashnikov foi modernizada mais uma vez para acompanhar os padrões da Otan. Todos os tipos anteriores de fuzis, com 5,45 e 7,62 mm, renasceram com a série 100 – também conhecida como “Kalashnikov negra”.
O objetivo era tornar as armas mais leves e melhorar sua fiabilidade. Graças aos novos materiais utilizados na produção, essas características se tornaram realidade.
A série AK-100 não possuía componentes de madeira, ao contrário dos modelos anteriores. Em seu lugar, os projetistas empregaram materiais compósitos, como poliamidas reforçadas, que aumentaram a vida útil do rifle.
As modificações também aumentaram a ergonomia das armas. Os novos fuzis receberam trilhos na parte superior para adaptar diferentes miras óticas, bem como na parte inferior para lança-granadas. Essas armas possuem também coronha dobrável.
Nova geração
Em janeiro passado, o Exército russo adotou os novos modelos AK-12 e AK-15.
No ano passado, o Consórcio Kalashnikov lançou um novo site para divulgar os armamentos da empresa. Veja mais detalhes aqui.
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